segunda-feira, 1 de junho de 2009

é demais para o pobre coração...

Quem lê apenas o blog não tem idéia do que tem acontecido... no post anterior expliquei a ausência, que aliás, essa semana mudou de motivo e me deixou ausente inclusive das aulas, o que era o tal motivo antes, tão complicado, tão sórdido.

A semana passada eu usei a frase que tanto odeio: I give up!

Se tem uma coisa que costumo não fazer, é desistir fácil dos meus objetivos, agora imagine o quanto deve ser difícil para um pai, ouvir você dizer que desiste do filho dele, foi por isso que as lágrimas escorreram quando eu disse isso ao Steven.
Se tem uma pessoa que eu tenho admirado muito ultimamente, tem cabelos brancos e não é o papai noel, esse cara é o Steven. Uma das pessoas mais sensatas e de coração mais puro que já conheci. É pai e mãe ao mesmo tempo e na medida certa, tenta segurar todas as barras, por mais difíceis que sejam e ainda assim me apoia em tudo.

Foi por isso que meu coração se despedaçou quando ele me abraçou e disse que sentia muito por tudo, que ele sabe o quanto temos trabalhado para mudar o coração do Joe, mas não poderia mudar a minha cabeça, porque se eu fosse a filha dele, também não gostaria de me ver nessa situação.

Depois de passar o final de semana com os amigos que têm sido a minha família por todo esse tempo, cheguei em casa e recebi o abraço mais sincero e inesperado do Wolfie e em seguida tive uma conversa de bons amigos, como sempre, com o Nik.

Parte da conversa...
Bru: Fui naquele parque, tem caiaque, vocês deveriam ir qualquer dia.
Nik: NÓS temos que ir sim. Você leva a gente nas férias?

Agora sim, meu coração estava cortado em pedaços, colado e recortado novamente. Não queria fazer aquilo, eles nunca imaginavam que a decisão estava tomada, em alguns dias eu partiria. Partiria em três meses, de qualquer maneira, mas eles não imaginavam que meses teriam se transformado em dias e que o motivo não era porque eu tinha que voltar, mas sim porque eu tinha desistido.

Eu não sei o que vai acontecer, aliás, nunca estive tão confusa, mas sinto que alguma coisa deixa aquela bola na garganta que não consigo engolir nem colocar pra fora. Ninguém disse que seria fácil, mas dava pra ser bem mais simples.

Ontem, alguém bateu na porta do quarto e quando eu abri, tudo o que vi foram os dois livros, o motivo do "I give up" e o próximo da coleção, mas dentro dele estava a carta, que desta vez colocou O MEU CORAÇÃO, no triturador de papéis:

Querida Bruna,

(...) Me perdoe por estar sendo mal a você durante todo o tempo que você tem estado conosco. Nunca mais farei isso...

Joey.

Passei o final de semana com os grandes amigos que levarei para a vida toda, semana passada Male e Petra vieram me visitar e trouxeram umas cervejas, hoje levei a Male até a casa da coordenadora, se não encontrar uma família até sábado, ela voltara para o Chile, desejei boa sorte e me despedi. Imaginei a minha despedida, os olhos transbordaram.
Hoje foi ela, amanhã pode ser eu, e quero levar grandes amigos nessa mala.

É prova demais para o pobre coração, é demais.

Um comentário:

  1. - Nossa que triste...mais gostei do post..Beijo e em breve a gente se vêe....fica c Deus !

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