quarta-feira, 17 de junho de 2009

O dia em que esperimentei o asfalto americano!



Por diversas vezes eu vi o meu lado "moleque" de ser, brigando com a mulher que existe neste corpo.
Há meses, por exemplo, vivi a dúvida cruel de comprar um par de patins para relembrar o único esporte que obtive sucesso tentando, ou gastar o mesmo valor na Victória Secrets. Ok, aquela vez, a Victória ganhou.
No último final de semana, fui apresentar para a novata, a loja de todas as au pairs, a Ross, tem preços que cabem no nosso bolso e marcas que estampam sorrisos no rosto de qualquer um. No departamento infantil, foi que me apaixonei, lá estava ele, cinza e rosa, rodinhas gel, regulagem de tamanho, conforto e preço baixo, aquele patins tinha sido feito para mim, exceto pelo fato de ser infantil e modelo de Transformers. Enfim, nós compramos o patins e já estreiamos na mesma tarde.
Foi nessa tarde que eu descobri que algumas coisas são muito mais simples quando somos crianças, porém, mais divertidas depois de adultos.
No dia seguinte, comprei os equipamentos de segurança e fui usá-los, literalmente, usá-los.
Depois de 40 minutos patinando, roupa molhada, cara de abacada e cabelo escorrido, percebi que era tempo de parar, e resolvi voltar.
Enquanto atravessava a rua "sem correr", bem tranquila, algo estranho aconteceu, resultando em um desequilibrio espontâneo, e aí fui, como uma batata em direção ao chão, essa cena para mim parecia que durava uma hora, mas como todos sabem, foram apenas alguns segundos. Vi o chão se aproximando do rosto ao mesmo tempo que os patins flutuavam no ar. Levei as mãos para frente para me proteger, mas quando elas começaram a doer, estupidamente tirei elas da frente. Digo estupidamente porque logo depois delas, estava o meu rosto e então, era tarde demais. Lá se foi o queixo, a boca e o nariz experimentar o asfalto americano.
Sentei sem perceber que estava no meio da rua, comecei a tirar os patins quando olhei pra baixo e vi minha camiseta lavada de sangue, meus patins, com algumas manchas e uma goteira que começava no rosto e caia sobre as mãos. Depois de ver o sague e não sentir meu rosto do nariz pra baixo, só tive certeza de uma coisa: Estava fU#@%&!!!!
O vizinho veio correndo, me trouxe aguá, lenço de papel e uma pomada, vi o mundo girar, acho que deu um apagão no céu, porque ficou tudo preto e então eu deitei pra não piorar a situação... minutos depois lá estava eu, voltando com o equipamento de proteção intacto e sem um pedaço do queixo para a minha casa.
O nariz e no rosto só ficaram um pouquinho inchado no primeiro dia e roxo no segundo, mas o queixo, hááá o meu queixo, sinto saudades de quando ele era perfeito.

O lado mulher não deve fazer tanto estrago!

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