quinta-feira, 15 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
O Universo das avós - Avolescencia!
Ela tem aquela garrafinha do beija-flor na entrada da sua casa, aqueles mensageiros de vento e vasos de todos os tamanhos e gostos em suas preteleiras, além de todos aqueles objetos bem característicos do mundo das avós.
Ela acorda cedo e sempre confere quem dormiu ou não no ninho ou se o ninho continua bagunçado, digo, os dos netos, e não os dos pássaros.
Ela gosta das emissoras sertanejas, e de todas as novelas globais, e mais, ela gosta que gostemos das mesmas novelas e músicas, afinal se não gostar, nada mudará, ela continuará cantando as músicas daquela maneira desafinada e contando-lhe os trechos das novelas.
Não posso deixar de fora deste universo tão próprio das avós um pequeno detalhe, ela sempre fala o nome de todas as netas antes de acertar o meu, quando acerta.
Ela sempre sabe:
Quem tocou a campaínha;
Quantas vezes o telefone tocou e quem estava do outro lado;
Ela sempre quer saber:
O salário da galera;
E o resultado das telesenas.
E como eu sei, quando ela quer saber alguma coisa?
Basta ler os sinais corporais.
Dona Izaura, finge ser um açucareiro. Como assim?
Ela coloca as duas mãozinhas na cintura (Como um açucareiro de louça), pára e fica só observando, até descobrir o que quer.
Mas alguma coisa muito divertida têm dominado o universo das avós. Isso chama-se 3ª Idade.
Ela sai de casa antes do sol irritar os olhos e na sacolinha da ótica ela carrega sua roupa de ginástica, ou o uniforme para o time de volei.
Ela sai para dançar e entra de fininho para ninguém saber a hora que ela voltou.
Ela está sempre com viagem agendada, com o biquini na mala e uma disposição de deixar qualquer um no chinelo.
Dona de um sotaque italiano inconfundível e uma teimosia irreparável, ela abriga no peito um coração enorme, as vezes até ingênuo demais.
Minha avó-lescente me fez acordar hoje e pensar:
Se eu não tenho uma sacolinha da ótica, não é sinal de que possuo uma capacidade visual maior que a dela, mas sim, que eu não faço ginástica e nem nenhum outro tipo de atividade física!
Será que demora muito para eu migrar para o universo das avós? Com quantos anos posso participar da 3ª Idade?
Como posso ser tão sedentária????
Ela acorda cedo e sempre confere quem dormiu ou não no ninho ou se o ninho continua bagunçado, digo, os dos netos, e não os dos pássaros.
Ela gosta das emissoras sertanejas, e de todas as novelas globais, e mais, ela gosta que gostemos das mesmas novelas e músicas, afinal se não gostar, nada mudará, ela continuará cantando as músicas daquela maneira desafinada e contando-lhe os trechos das novelas.
Não posso deixar de fora deste universo tão próprio das avós um pequeno detalhe, ela sempre fala o nome de todas as netas antes de acertar o meu, quando acerta.
Ela sempre sabe:
Quem tocou a campaínha;
Quantas vezes o telefone tocou e quem estava do outro lado;
Ela sempre quer saber:
O salário da galera;
E o resultado das telesenas.
E como eu sei, quando ela quer saber alguma coisa?
Basta ler os sinais corporais.
Dona Izaura, finge ser um açucareiro. Como assim?
Ela coloca as duas mãozinhas na cintura (Como um açucareiro de louça), pára e fica só observando, até descobrir o que quer.
Mas alguma coisa muito divertida têm dominado o universo das avós. Isso chama-se 3ª Idade.
Ela sai de casa antes do sol irritar os olhos e na sacolinha da ótica ela carrega sua roupa de ginástica, ou o uniforme para o time de volei.
Ela sai para dançar e entra de fininho para ninguém saber a hora que ela voltou.
Ela está sempre com viagem agendada, com o biquini na mala e uma disposição de deixar qualquer um no chinelo.
Dona de um sotaque italiano inconfundível e uma teimosia irreparável, ela abriga no peito um coração enorme, as vezes até ingênuo demais.
Minha avó-lescente me fez acordar hoje e pensar:
Se eu não tenho uma sacolinha da ótica, não é sinal de que possuo uma capacidade visual maior que a dela, mas sim, que eu não faço ginástica e nem nenhum outro tipo de atividade física!
Será que demora muito para eu migrar para o universo das avós? Com quantos anos posso participar da 3ª Idade?
Como posso ser tão sedentária????
domingo, 4 de outubro de 2009
Saga de uma desempregada desesperada!

Ela já foi bailarina, a menina do comercial danoninho que nunca foi ao ar, a quase modelo que era baixinha para tirar o quase da frente e que começou a ser fotografada até que o fotógrafo desaparecesse com o seu book fotográfico... depois disso ela foi tudo, brincou de ser coelhinho da páscoa, foi saco de pancada do irmão, tentou tocar, costurar, confeitar, já esteve empregada, desempregada, fez um curso técnico muito reconhecido e depois de abandonar o diploma na gavetinha do criado mudo, ela descobriu que este certamente é capaz de programar sistemas muito mais complexos do que ela. Foi a mocinha do correio. E tudo isso era completamente compreensível já que ela nem falava inglês.
Fez orgulhosamente parte da massa universitária, e fez inflar o ego dos pais quando recebeu o canudo, depois de tanto esforço. Ela tentou outras linguas, mas investiu mesmo foi no inglês, foi a teacher, a filha, a neta,a amiga, a namorada, a irmã e agora é a quase tia.
Depois de passar dias e dias acostumando com a gordisse, malhando apenas os dedos, diariamente enviando seu currículo para todas as empresas prováveis e improváveis enquanto saboreava os incríveis pães de mel da mamis, ela cansou.
Ela chegou ao extremo, porque logo ela, que sempre odiou o QUASE, está QUASE sendo taxada como a desempregada.
No almoço de domingo, a prima contou que ainda precisa encomendar os noivinhos do bolo para o casamento. (Caracas, vocês sabiam que os tais noivinhos valem R$
160.00?????)
Horas mais tarde, sentada em frente ao tão adorado carrinho de lanches do Nenê, ela propõe ao namorado:
- Já sei! vamos iniciar uma empresa? NOIVINHOS DE CASAMENTO BRUNANDO Me.
Fechou os olhos e imaginou o slogan na parede do Nenê:
O detalhe do seu casamento em nossas HANDS (uma idéia internacional)
É claro, que ele teve aquela mesma crise de riso que ele tem a cada dia que ela encontra uma idéia mais mirabolante, assim como aquela de anunciar no jornal:
Procura-se emprego:
Professora de inglês
Faxineira que fala inglês
Tradutora de inglês
lavo, passo e cozinho (ps. falo inglês)
Secretária bilíngue
Fotógrafa (com Inglês).
sábado, 19 de setembro de 2009
Salve a AREadaptação!
Bobó de camarão e caipirinha no cardápio é muito mais do que um sinal de que brasileiros estão por perto.
Aquele cheiro de pão de queijo matinal, sorrisos sem censura, e MPB na minha vitrolinha é apenas um detalhe para saber, que agora os meus dias são verdes e amarelos. Portanto:
PARE DE FALAR EM INGLES NOS LUGARES PÚBLICOS, ISSO AQUI É BRASIL, MINHA GENTE!
Ministério das ex-au pairs desempregadas, adverte:
Fase de adaptação é fogo!
1. Se cometer erros, peça desculpa na sua língua nativa e não na primeira que vier a sua mente.
2. Aprenda que você pode cantar alto, mas que os vizinhos ao lado, são literalmente "ao lado" portanto controle o volume.
3. Estar fora não faz com que todas as pessoas se interessem por assunto internacionais, portanto procure algo nacionalmente interessante para falar.
4.A reforma ortográfica aconteceu, mas o famoso "ARE" posicionado em frente a qualquer substantivo, não trata-se de um prefixo ou nenhuma outra reforma gramatical, pois foi uma moda lançada por uma AREnovela global qualquer.
5. Atualize-se sobre as piadinhas do momento, ou sempre que elas surgirem, você será o último a entrar no clima.
6. Enfie na sua cabeça que a moeda voltou a ser o Real, portanto, ela raramente estará em sua carteira e quando isso acontecer, certamente não passará de minutos. Sem contar que ela não compra metade dos luxos que você costumava manter.
7. E definitivamente, aprenda que você deveria começar a procurar um emprego, antes de atualizar o blog, orkut ou qualquer internetISSE do gênero.
Aquele cheiro de pão de queijo matinal, sorrisos sem censura, e MPB na minha vitrolinha é apenas um detalhe para saber, que agora os meus dias são verdes e amarelos. Portanto:
PARE DE FALAR EM INGLES NOS LUGARES PÚBLICOS, ISSO AQUI É BRASIL, MINHA GENTE!
Ministério das ex-au pairs desempregadas, adverte:
Fase de adaptação é fogo!
1. Se cometer erros, peça desculpa na sua língua nativa e não na primeira que vier a sua mente.
2. Aprenda que você pode cantar alto, mas que os vizinhos ao lado, são literalmente "ao lado" portanto controle o volume.
3. Estar fora não faz com que todas as pessoas se interessem por assunto internacionais, portanto procure algo nacionalmente interessante para falar.
4.A reforma ortográfica aconteceu, mas o famoso "ARE" posicionado em frente a qualquer substantivo, não trata-se de um prefixo ou nenhuma outra reforma gramatical, pois foi uma moda lançada por uma AREnovela global qualquer.
5. Atualize-se sobre as piadinhas do momento, ou sempre que elas surgirem, você será o último a entrar no clima.
6. Enfie na sua cabeça que a moeda voltou a ser o Real, portanto, ela raramente estará em sua carteira e quando isso acontecer, certamente não passará de minutos. Sem contar que ela não compra metade dos luxos que você costumava manter.
7. E definitivamente, aprenda que você deveria começar a procurar um emprego, antes de atualizar o blog, orkut ou qualquer internetISSE do gênero.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
E o velho par de asas???? (Finalizando a saga de au pair)



Não que ao andar pelas ruas de Santa Bárbara d’Oeste,eu tenha percebido que elas voltaram a ser grandes o suficiene para mim (mesmo porque, grande, grande, elas nunca foram), mas aquela velha ferida aberta no peito se fechou, e digamos que eu não tinha mais tanto a descobrir em Hickory. Aliás ninguém precisa de mais que uma semana para descobrir Hickory.
Era chegada a hora de juntar os velhos pares de asas e REfazer as malas.
As malas vermelhas, assim como qualquer outra, fora pequenas para acolher todos os pares de asas que acumulei, e a consequência foi colocar a famosa e preconceituosa palavra "escolher" em ação novamente.
Mas dessa vez com uma grande diferença: O que me importa não são mais as asas para as noites de gala, e sim as da sabedoria, aquelas que não precisam ser trocadas a cada estação e ainda que velhas permanecerão úteis eternamente.
sem as asas vermelhas (que tinham o intuito de me fazer sentir sexy), essas foram substituídas pela naturalidade e amadurecimento, e elas, com certeza provocam um efeito muito maior.
E o que fiz com as asas pretas e elegantes que me protegiam do inverno?
Ah, essas eu doei para o Goodwill e para o Yard Sale da Bru e da Mari!
Coloquei todas as asas nas malas, mas não esqueci a função de cada uma.
Foi por conta delas que aprendi, que embora as manhãs cheirem a bacon, os abraços sejam frouxos, os sorrisos amarrados, a saudade quase mate, a ferida abra, os olhos transbordem, a distância maltrate... a melhor maneira de crescer é tentar, que cair é só um motivo para levantar e que para voar, não é preciso ter asas, mas sim, sonhos.
Elas me ensinaram que é possível viver sozinha, mas a vida que é muito mais simples e divertda quando se tem alguém para compartilhar as vitórias, amigos para ajudar a levantar o troféu, família para se orgulhar dele.
E o que farei com o meu par de asas?
Meus voos agora são outros, mas as asas, nunca param de trabalhar!
E no dia de erguer o troféu, quero que todos estes estejam aqui para me ajudar a levantá-lo:
Bru, Mari, Dai, Xerinhos, Carioca, Van, Jose, Male (Saudade que transborda pelos olhos!)
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Ela sobreviverá!
Ela chora todas as noites, e diariamente as 2 da tarde precisa estar online para falar com o namorado. Não entende a cara feia do Joey, as manias do Nik, nem as "bebezisses" do Wolfie. Ela faz a curva com toda a velocidade, não sabe cortar a cebola com a mesma agilidade. E um dia resolveu não descer para trabalhar porque estava com saudade. Ela não sabe faz brigadeiro e perdeu a oportunidade de aprender porque estava com os olhos inchados. Ela descobriu que aquele lance de que maçã não é comida, também era besteira e agora almoça maças todos os dias. E pior.... ela descobriu que não tem comida na despensa.
Hoje perguntou: Hickory é só isso?
Infelizmente eu precisei dizer que sim.
Hoje eu pensei, que ela realmente foi abençoada por encontrar alguém aqui, pronta para ajudá-la.
Me lembro claramente que ninguém estava aqui para me explicar a cara feia do Joey, o caminho da escola, como usar estratégias mirabolantes para conseguir o que precisava, nem porque não existe uma pesença materna nessa casa.
Ninguém me disse que era normal faltar comida na despensa e eu segui na doce ilusão de que isso mudaria cedo ou tarde.
Nada além do Mapquest e Googlemap me ajudou a chegar nos lugares que precisava. Sem contar o número de vezes que trabalhei com um sorriso no rosto e aquela "bola de choro" enroscda na garganta por conta a tal saudade.
Foi tão legal derrubar gasolina no pé da mulher que estava abastecendo na bomba da frente, porque eu não tinha ninguém para me ensinar.
Ah... ninguém disse que seria fácil, e para dizer a verdade a parte difícil foi o que me fez tão mais forte.
Eu sobrevivi, ela sobreviverá!
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