sexta-feira, 24 de abril de 2009

Eu tenho borboletas no estômago e caraminholas na cabeça :O


As vezes eu fico em dúvida, não sei se o coração é bonzinho ou burro demais...
Ele apanha e sofre, bate também, mas muitas vezes em proporções diferentes e ainda assim prefere essa rotina de porrada regada a carinho do que a paz.
Espero que indivíduo seja fortão dessa vez, que de muito mais carinho do que porrada, mas que revide a altura se necessário.
Enfim, as opiniões se dividem, mas a maioria continua sem entender, aliás, as clínicas terapêuticas agradecem essa dúvida constante, afinal, vivem lotadas por este motivo. Todos em busca da explicação, não exatamente do que ele é, mas sim das reações inexplicáveis que o tal amor provoca.
Aí, me pergunto: Como explicar algo que não tem explicação?

Poderia apresentar-lhe fatos, mas fatos não convencem, a não ser aos próprios protagonistas da história.
Que tal refrescar-lhe a memória, mostrando que toda parte ruim tem a sua parte boa. Confuso isso, não acha?

O branco com o preto, fez do Dalmata, uma beleza engraçada.
Pelo doce da goiabada com o pouco sal do queijo é que Romeu e Julieta fez uma boa combinação.

Se EU gosto de letras e ELE de números, porque não?

Enfim, nem é preciso entender, porque quase sempre nem eu entendo.
Quem já sentiu borboletas no estômago e os pés nas nuvens, sabe bem que o amor, não precisa de explicações.
Posso até ter caraminholas na cabeça, mas e daí, quem se importa?

Eu fui ao Brasil!


Desde de o dia em que cheguei, com uma certa frequência tenho acompanhado o preço de passagens para o Brasil, não que eu planejasse voltar, mas quem sabe um dia poder vistar minha família.

Até que um dia o Steve me disse que eu teria uma semana de folga e até a tal semana, me restavam apenas três.
Depois de pensar em várias opções de não ficar em casa, escolhi, o destino seria o Brasil e eu chegaria lá de supresa.

Depois de tanta correria, comprei o último assento disponível do voo, recebi o documento que permitia a minha saída e retorno, na véspera da partida, e fui.

Ainda a caminho do aeroporto, liguei para minha mãe, e tive a certeza de que ela não desconfiava quando ouvi:
-Você faz tanta falta, queria você aqui comigo.

12 horas entre voos e escalas, mais algumas na estrada até alcançar o primeiro beijo, o primeiro abraço, dos braços que tanto senti saudade.

Desci do carro e corri até o meu quarto, que o tal coelhinho da Páscoa, tinha feito o favor de me roubar.
Bru diz:
-Eu vim encomendar o meu ovo de páscoa!!!!
E depois disso, lágrimas, beijos, abraços, abraços, lágimas, beijos...etc...etc
E foi assim que segui surpreendendo todos os que pude, das mais diversas maneiras:
Nay, pelo telefone: Voce esta muito ocupada ou pode sair no portão da sua casa?
Gui, sentada na cama quando ele abriu a porta: - Poxa Gui, que quarto bagunçado!
Lari, entrega do ovo de páscoa na porta do apto: Feliz Páscoa!
Meire, pelo telefone: ( Bru diz: Oi Pretaaaaa!)
Ro e Gabi: Enquanto pegavam as encomendas, eu apareci na sala.
Tia Zê: (papai diz: Zê va la na sala ver que cesta linda!) Surpresa!
Rê: apareci inesperadamente no corredor - Que saudade!
Tio Pedro e Eliana: Ao descerem do carro: Oi, sim eu sou a Bruna! kkkk (ri muito nessa)
Tami: Fomos ambas surpreendidas, eu não esperava que ela entraria sem avisar e ela não esperava me encontrar lá.
Restante da família, fui surpreendida: Cheguei pensando que ninguém soubesse, mas eu ouvia:
Não sei porque você se foi, quantas saudades eu senti....
Enquanto a fila dos abraços era enorme!!!

Depois de voltar, posso dizer que esses foram os dez dias mais intensos da minha vida!
Não revi todos os amigos, não fiz tudo o que desejava, mas garanto que em sete meses, esses foram os dias mais felizes que tive.
Quando tudo estava acabado, dez dias depois, refiz as malas, mas desta vez de uma maneira muito diferente do que havia feito há sete meses.

Pontos positivos:
*Eu não estou partindo para o inesperado (Nem preciso da fase de adaptação)
*Eu não serei sozinha, porque ja tenho amigos lá, e foi a única coisa que me fez sentir saudade.
*O meu inglês embora fraco, me permite qualquer tipo comunicação
*Carrego uma decisão dentro da minha mala
*Eu tenho uma boa host family
*7 meses passaram rápido.
*Vou voltar a escola
*Vou continuar com minha rotina flexivel
*Ainda tenho mais uma semana de férias.
*Vou voltar a dormir em uma cama king

Pontos negativos:
*Eu não estou partindo para o inesperado (portanto já sei que nem tudo é uma mar de rosas)
* Uma segunda despedida (mais uma vez, partir deixando os rostos que mais amo com lágrimas nos olhos)
*Os meus amigos de sempre, ainda estão aqui.
*A minha verdadeira família é aquela que sempre me acolherá, de braços abertos e muito amor.
*Sair do aconchego do meu lar para aguentar desaforo de adolescente americano??????
*Ainda tenho 5 meses pela frente.
*A chama da saudade volta com força total de uma maneira arrebatadora.
*Vou deixar a gracinha Babi para viver com a preguiçosa da Betsy.
*Vou voltar a dividir o banheiro com os meninos (arg)
*Não ouvirei as vozes que mais amo quando acordar.
*Voltarei a sentir aquela sensação de que embora seja bom e tenha me trazido muitas coisas importantes, este não é o meu lugar!

Hoje eu sei, essa foi a melhor coisa que fiz. Voltar para ponderar o que é mais valioso, para pensar se a resposta à agencia será um SIM ou um NÃO. Rever os valores que estavam perdidos no tempo. Pensar, pensar e pensar para finalmente decidir.

Setembro, eu estou de volta!!!!!

domingo, 5 de abril de 2009

O tal do GPS!

Enquanto a mamãe acredita, que as nossas conversas não passam de detalhes sobre a compra e envio de um GPS...

Faço as malas:

*Album scrapbook
*Saia de Hula-Hula
*Enfeites para a Páscoa
*Presentes
*Encomendas
*Asa de halloween
*Coleção de moedas
*Coleção de chaveiros
*Sapatos
*Roupas, as que ficarão e as que voltarão.
*Máquina
*Sorrisos
*Emoção
E quem carrega a mala????

O tal do GPS!

A balança e a secadora fizeram um pacto!





















Depois de sete meses sem ele, posso afirmar: Na época do varal eu era feliz!

Eu chegava de moto, correndo para tomar um banho e ir a faculdade e todo santo dia a mesma cena se repetia. Meu cabelo enroscava-se no varal e eu perdia o pouco de paciência que me restava.

Desde o dia em que descobri a facilidade que a tecnologia nos proporciona, aquela mesma que ausenta a importancia do varal, a tal secadora de roupas, descobri que na época em que eu enroscava o meu cabelo no varal, eu era feliz.

Não sei como isso pode acontecer. A balança fica no banheiro localizado no segundo piso da casa e a secadora fica no porão, mas tenho certeza que um dia elas se encontraram e fizeram um pacto. Deve ter sido a crise econômica que exigiu redução de mão de obra, ou um motivo banal, sei lá, tipo uma noite "girls night out" entre um drinque e outro, mas o fato é que elas decidiram demitir o varal e começaram a guerra contra mim.

Sem mais nem menos, a secadora encolheu as roupas que eu trouxe do Brasil na mesma proporção em que a balança aumentou os números no visor.

Quando eu me tornar a chefe, eu demito as duas e coloco o varal para gerenciar a situação.

Eu preciso de uma equipe competente!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Férias!

Confesso que não só a minha falta de criatividade, como também a minha rotina, faz com que eu diminua as postagens aqui no blog.

Ultimamente, a burocracia para programar alguns dias de férias, somada a dedicação na escola e no trabalho, tem consumido todos os minutos dos meus dias e por isso tenho me ausentado.

Mas a recompensa dessa dedicação, embora tenha demorado, chegou.

Finalmente comprei a passagem da felicidade!

Férias!!!

sábado, 28 de março de 2009

Pronto, falei!

O motivo para iniciar um blog, poderia ser apenas uma maneira barata de promoção pessoal, mas particularmente não passa de uma atividade cotidiana de relembrar minha língua materna.

Tudo bem, opiniões surgirão, tumultuando essa afirmação. Como alguém que passou 22 anos falando português pode esquecê-lo em um ano? Não foi bem isso que eu disse.

É fato que a escrita é o produto da prática e a qualidade do meu produto diminuiu relativamente depois que parei de praticá-la, mas é lamentável deparar-me com frases como essa na minha página de recados do orkut: "Me add no novo perfiu. Abrasso." E para poder comentar esse tipo de coisa, penso: Porque demorei tanto para criar um Blog?

Me diga se uma frase como essa não mereceria um post a parte? Claro que sim.
Primeiro porque, pela gramática da sentença, logo se vê que a pessoa não é minha amiga, não pela falha, mas porque se fosse, não se empenharia tanto para me tirar do sério.

Preparem-se senhoras e senhores, porque agora lhes apresentarei o motivo de maior vergonha e indignação: a autora da frase recebeu o mesmo diploma de graduação que eu, atenção especial para o título, Letras com habilitação em Português e Inglês. Como alguém com precariedades como esta, aliás, falta de habilidade para um curso que carrega o peso dessa palavra em seu próprio nome, conseguiu tal proeza.

Desculpem-me pela sinceridade, mas o lado bom de ter um blog é fazer uma das coisas que mais gosto, escrever, e o outro lado, é fazer o melhor, escrever exatamente o que penso, sem me importar com a repercussão.
Portanto, que leiam os amigos, que leia a homenageada, porque como prova de que colhemos o que plantamos, considero esse post uma resposta a lamentável cena que meus amigos universitários tiveram o desprazer de presenciar no dia que lhes apresentei um vídeo de homenagem falando de toda a nossa trajetória.

Receio pelo futuro da geração dos meus filhos, geração esta que deparar-se-á com tamanha desqualificação na área educacional, fruto do que já é lamentável na geração atual.
Esse é um dos nomes que irá para a minha listinha de "Se encontrar o nome do(a) professor(a) do seu filho na lista abaixo, por favor mude-o de escola urgente, não contribua com uma geração de ignorantes"

Mas se todos os pais, colocarem o mesmo nome na lista, não precisarão culpar-se pelo desemprego, deve estar sobrando vaga no mercado negro, eles nem exigem muita qualificação profissional, são bem flexíveis. Veja uma amostra do trabalho deles na foto abaixo:


Pronto, falei!

Amigos e brigadeiro

Tem duas coisas maravilhosas que eu não vivo sem: Amigos e brigadeiro.

Amigos, pessoas queridas que ficaram em um outro continente, mas continuam ocupando aquele espaço gigantesco dentro de mim, alguns presentes diariamente na minha webcam, nas caixas de e-mail, nos recados do orkut, outros menos frequentemente, mas ainda estão por lá. Alguns para me cobrar a resposta do e-mail nunca respondido, outros pra me dar bronca a distância, só falar da saudade, da vida, ou me mandar e-mail engraçados que me fazem rir sozinha ou pra me emocionar com eles.

Alguns acharam melhor desaparecer, e que assim seja, que fiquemos longe da tela e das conversas. Mas que não nos afastemos da daquela alegria que um dia nos uniu, porque embora não nos falemos mais, permanecem em minha memória e em meu coração.

Uns seguiram caminhos diferentes, mudaram-se, ou apenas, mudaram.
Outros amadureceram e enchem-me o peito de orgulho.

Uns ficaram e terão sua amiga de volta em poucos meses, outros ficarão e nem sabemos se teremos uns aos outros novamente no futuro, mais uma vez ficam os planos, números de telefones e mails tão compartilhados como os sonhos de nos reencontrarmos no futuro, pode ser assim, na mesma terra que nos uniu, na europa ou no Brasil, o importante é que os planos permaneçam e que nossa amizade também.


Amigos e brigadeiro, eu não posso viver sem.