quarta-feira, 4 de março de 2009

Eu brincava de amarelinha...


Na época em que os sapatinhos eram "boneca" e os amigos do papai diziam que "eu daria trabalho", naquela época em que a minha maior preocupação era ensaiar para o comercial do DANONINHO, que nunca foi ao ar.


Aquelas coisas que aconteciam há muitos anos atrás, como comer goiabada que a vovó fazia com os frutos da goiabeira do quintal.


No tempo em que a Rapha só fazia birra, a Lari vivia com as pernas roxas, o Guigo nos ensinava tocar bateria com as panelas da vovó, o Rapha e o Ma nos ajudava a transformar o quintal em uma danceteria, colocando flanelas nos lustres e deixando a iluminação laranja.


Naquele tempo em que eu e Amandinha viviamos com os patins nos pés e a cabeça nas nuvens, que eu e a Bel brincavamos de desfile de modas com os nossos variados trapézios de bolinha, que o Muri era gorducho e tinha cabelinhos arrepiados, que a Nani, tinha aqueles olhos negros gigantes e aquele riso escancarado.
Quando o Marcelo era Dande e o Rick era Cacá. Quando a Tami tinha medo de tudo, até de acender o fogão, a Jéssica não comia nada e o Jú era o mais certinho da turma. Tempo em que a Rê me sacaneava e roubava a minha Coca Cola no almoço de domingo.
Quando o palhaço faísca animava as festas da Fer, e o Alex fritava a melhor batata de todas. Tempo em que brincávamos de descobrir desenhos em bolinhos de chuva e queimávamos a língua por não esperar o sonho da mamãe esfriar.

Memórias retrô, com elas vou até a avenida Brasil pra comemorar a copa do mundo. Passo o domingo no clube e dou grandes mergulhos.
Me lembro das viajens mais furadas, como um certo baratal. Me transporto ao sítio pra tomar banho de cachoeira, passear com a Criscka ou entrar no casarão mal assombrado.

Um tempo em que passávamos o dia bolando como roubar a barra de chocolate de 2kg da geladeira com direito a estratégias e divisão de responsabilidades. Um certo tempo em que esperávamos as férias pra fazer piquinique.

Um dia em que existia o bar do Koreano e a avenida era lotada.

Quando as melhores brincadeiras eram: forca, passa anel, verdade ou desafio, esconde-esconde, pular elástico, queimada ou dirigir um onibus com os bancos da vovó no quintal.
Caça tesouros nos aniversários, busca aos ovos na páscoa, e esperar o bom velhinho no natal, coisas que valiam muito.


Eu fui uma criança que preencheu seu albúm de figurinhas, não teve au pair e foi feliz.


Diante disso gostaria de saber porque inventaram o vídeo game e tiraram das crianças de hoje o incrível sabor da felicidade, e mais, delegaram a mim a incrível missão de manter três Pré-adolescentes americanos longe dessa invenção.

Um comentário:

  1. Video game...o invensão adimirada por nós "meninos", quer uma dica?! Relax...rsrsrs...Bjos linda!

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