sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Eu não sou empregável!
É isso, está tudo muito bem explicado.
Li ainda hoje nos classificados:
- Precisa-se de secretária bilíngue, 28 anos. (Isso mesmo, vou esperar mais quatro anos para enviar o meu currículo)
- Tradutora, domiciliada em Campinas. (SBO está pior que Hickory para emprego)
- Professora de Inglês, com automóvel próprio. (Era só o que me faltava, agora além de fazer a faculdade, fazer intercâmbio e ter experiência, ainda exigem que você tenha um carro, daqui a pouco exigem o ano, modelo, quilometragem. Caso não consiga, jogue o seu diploma e anos de estudo e experiência no lixo)
Até para meretriz o mercado está acirrado.
- Precisa-se de moças Loiras, bonitas, altura mínima de 1,70.
Pronto, se alguém se interessar para a área da promiscuidade, por favor, CRESÇA.
Ou então, estude, compre um carro, mude-se para Campinas e espere completar 28 anos.
Está aí, eu não sou uma pessoa empregável.
Sexta-feira é sempre dia de faxina!
Casa limpa, unhas feitas e banho tomado, o que mais uma típica Amélia poderia querer da vida? hein, hein?
Um emprego, talvez?
Eu sempre admirei aquelas mulheres que trabalham o dia todo e ainda cuidam da casa, dos filhos. Mas agora comecei a pensar diferente, comecei a admirar ainda mais aquelas jovens mulheres que sem filhos e pior, sem emprego, rendem-se apenas ao trabalho doméstico.
Eita vidinha medíocre!
Toca telefone....toca telefone...
Ps. Qualquer semelhança é mera coincidência!
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Eu chamo de sucesso!
Eu ainda me lembro do primeiro acorde, do primeiro som de violão desafinado e voz semitonada. Nós tocávamos paralamas do sucesso, ou melhor, eu fingia, enquanto ele tocava.
Começou assim, um violão, uma vontade gigantesca e um sonho nasceu. Ano a ano, novas bandas, novas oportunidades, novos desapontamentos. Ano a ano, novos instrumentos, novos planos, e claro, o mesmo sonho.
Essa semana enquanto voltávamos do estúdio de gravação ele me perguntou:
-Bru, tem algo na sua vida que se você fizer um feedback daqui uns 50 anos e ver que não fez, sentirá que não foi realizada e feliz?
Minha resposta não vem a caso, mas a dele, sem dúvida:
"Eu gostaria de ser reconhecido pela música, admirado por isso e ver a minha música tocando nas rádios, sem que você tenha ligado para pedir"
Quem trabalha, estuda e mantém sua vida social nos eixos, pode até tentar, mas quem tem um sonho que o faz encher a boca, o orgulho, a alma e cravar um sorriso no rosto, este sim, poderá de fato compreender.
Eu teria duas escolhas, me negar a colaborar, dizer não, faltar em momentos importantes e até me esforçar para não aprender as letras das músicas, ou poderia simplesmente me render a elas e admitir que sem elas, ele nem seria tão apaixonante.
Eu sou sim uma tiete de plantão, sempre fui e me orgulhei de entrar pelo portão dos músicos, de ficar na turma do gargarejo e recentemente me orgulho até do nosso novo amigo, o metrônomo que tem acompanhando o Nando, o Du e a Layla na banda.
Hoje o baixista acordou irritado, cansaço do trabalho acumulado, somado ao último semestre da faculdade, mas uma coisa o fez sorrir as 5:15 da manhã.
Nando diz: Bru, hoje começaremos a gravação do CD.
Eu ligaria para as rádios com toda a certeza, ainda que não precisasse disso, porque me orgulho de cada tijolinho desse sonho que também é meu, para a vida dele.
Hoje esse sonho tem nome, comunidade no orkut, facebook, twitter e em breve CD.
O nome desse sonho é RAVERA para deixa de ser sonho,o mundo precisa ouvir!
Clica aí
http://www.youtube.com/watch?v=yaHOoPgQUS0
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Um vestido pode mudar a vida de qualquer um!
Estou passando por uma crise, sim sim, crise profissional. Acredito que muitos ja tenham passado por isso.
Investi, estudei, tentei, continuo tentando, mas agora me sinto desanimada:
O telefone toca...
- Alô!
- Bruuuuu, estou carente de amiga!
- Porque, o que aconteceu?
- Nada, só estou carente de amiga.
- Você sabe do concurso do IBGE, finalmente, vaga para Letras.
- Sei sim, sei também que é no RJ, como mudaremos para o RJ, Bru?
- Pior, viajar 2 vezes para o RJ só pra fazer a prova, e concorrer ha um número mínimo de vagas.
- Bru, estou desanimada.
- Eu também. Estou desapontada com a profissão.
- Eu estou assim desde o dia que recebi o diploma.
- Você está assim desde o 1º dia de aula. Quando o André pediu pra você falar sobre você e porque tinha escolhido o curso, e você respondeu: Porque a Nathalie me chamou!
- Bru, acho que vou fazer engenharia, todo dia abre concurso para a área de engenharia.
- Acho que vou fazer administração, sempre tem vaga para a área.
- Hunft!
- Hunft!
***
- Beijo, Bru. Até amanhã!
- Então tá, estou te esperando. Beijo!
Na mesma noite, assistindo Casseta & Planeta (Sei que é humor de péssima qualidade, mas eu não controlo o controle, se é que me entende)ví aquela moça do vestido, aquela lá que eu não sei o nome, mas sei que ela usa um vestido que irrita a galera da faculdade. Enfim, depois de vê-la em todos os canais abertos, sempre com o mesmo vestido, pensei:
- Quem sou eu para desanimar com a profissão? A costureira daquele vestido nunca imaginava criar uma peça que tivesse tamanha repercussão.
Por falar nisso, o guarda roupas da moça deve ser igualzinho ao da Mônica, mil vestidos iguais. Mesmo porquê não há vestido que aguente. Todos os dias ele veste o mesmo, minha gente!
E mais, ela nem precisou terminar a faculdade para ser reconhecia pelo Brasil inteiro, aliás, a faculdade até deu um empurrãozinho para o reconhecimento da moça.
Quem sabe, em breve minha carreira somada ao meu empenho, não tenha uma grande repercussão, espero mérito proporcional ao da costureira, e não necessariamente a da moça que gostou do vestido!
***
- Bru, tenho uma reunião essa semana, na Nestle. É importantíssima, preciso ir com um vestido social.
- Passa aqui em casa, tenho vários.
- Que ótimo, amanhã apareço aí.
- Pode vir.
Afinal, um vestido pode mudar a vida de qualquer um!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
O Universo das avós - Avolescencia!
Ela tem aquela garrafinha do beija-flor na entrada da sua casa, aqueles mensageiros de vento e vasos de todos os tamanhos e gostos em suas preteleiras, além de todos aqueles objetos bem característicos do mundo das avós.
Ela acorda cedo e sempre confere quem dormiu ou não no ninho ou se o ninho continua bagunçado, digo, os dos netos, e não os dos pássaros.
Ela gosta das emissoras sertanejas, e de todas as novelas globais, e mais, ela gosta que gostemos das mesmas novelas e músicas, afinal se não gostar, nada mudará, ela continuará cantando as músicas daquela maneira desafinada e contando-lhe os trechos das novelas.
Não posso deixar de fora deste universo tão próprio das avós um pequeno detalhe, ela sempre fala o nome de todas as netas antes de acertar o meu, quando acerta.
Ela sempre sabe:
Quem tocou a campaínha;
Quantas vezes o telefone tocou e quem estava do outro lado;
Ela sempre quer saber:
O salário da galera;
E o resultado das telesenas.
E como eu sei, quando ela quer saber alguma coisa?
Basta ler os sinais corporais.
Dona Izaura, finge ser um açucareiro. Como assim?
Ela coloca as duas mãozinhas na cintura (Como um açucareiro de louça), pára e fica só observando, até descobrir o que quer.
Mas alguma coisa muito divertida têm dominado o universo das avós. Isso chama-se 3ª Idade.
Ela sai de casa antes do sol irritar os olhos e na sacolinha da ótica ela carrega sua roupa de ginástica, ou o uniforme para o time de volei.
Ela sai para dançar e entra de fininho para ninguém saber a hora que ela voltou.
Ela está sempre com viagem agendada, com o biquini na mala e uma disposição de deixar qualquer um no chinelo.
Dona de um sotaque italiano inconfundível e uma teimosia irreparável, ela abriga no peito um coração enorme, as vezes até ingênuo demais.
Minha avó-lescente me fez acordar hoje e pensar:
Se eu não tenho uma sacolinha da ótica, não é sinal de que possuo uma capacidade visual maior que a dela, mas sim, que eu não faço ginástica e nem nenhum outro tipo de atividade física!
Será que demora muito para eu migrar para o universo das avós? Com quantos anos posso participar da 3ª Idade?
Como posso ser tão sedentária????
Ela acorda cedo e sempre confere quem dormiu ou não no ninho ou se o ninho continua bagunçado, digo, os dos netos, e não os dos pássaros.
Ela gosta das emissoras sertanejas, e de todas as novelas globais, e mais, ela gosta que gostemos das mesmas novelas e músicas, afinal se não gostar, nada mudará, ela continuará cantando as músicas daquela maneira desafinada e contando-lhe os trechos das novelas.
Não posso deixar de fora deste universo tão próprio das avós um pequeno detalhe, ela sempre fala o nome de todas as netas antes de acertar o meu, quando acerta.
Ela sempre sabe:
Quem tocou a campaínha;
Quantas vezes o telefone tocou e quem estava do outro lado;
Ela sempre quer saber:
O salário da galera;
E o resultado das telesenas.
E como eu sei, quando ela quer saber alguma coisa?
Basta ler os sinais corporais.
Dona Izaura, finge ser um açucareiro. Como assim?
Ela coloca as duas mãozinhas na cintura (Como um açucareiro de louça), pára e fica só observando, até descobrir o que quer.
Mas alguma coisa muito divertida têm dominado o universo das avós. Isso chama-se 3ª Idade.
Ela sai de casa antes do sol irritar os olhos e na sacolinha da ótica ela carrega sua roupa de ginástica, ou o uniforme para o time de volei.
Ela sai para dançar e entra de fininho para ninguém saber a hora que ela voltou.
Ela está sempre com viagem agendada, com o biquini na mala e uma disposição de deixar qualquer um no chinelo.
Dona de um sotaque italiano inconfundível e uma teimosia irreparável, ela abriga no peito um coração enorme, as vezes até ingênuo demais.
Minha avó-lescente me fez acordar hoje e pensar:
Se eu não tenho uma sacolinha da ótica, não é sinal de que possuo uma capacidade visual maior que a dela, mas sim, que eu não faço ginástica e nem nenhum outro tipo de atividade física!
Será que demora muito para eu migrar para o universo das avós? Com quantos anos posso participar da 3ª Idade?
Como posso ser tão sedentária????
domingo, 4 de outubro de 2009
Saga de uma desempregada desesperada!
Ela já foi bailarina, a menina do comercial danoninho que nunca foi ao ar, a quase modelo que era baixinha para tirar o quase da frente e que começou a ser fotografada até que o fotógrafo desaparecesse com o seu book fotográfico... depois disso ela foi tudo, brincou de ser coelhinho da páscoa, foi saco de pancada do irmão, tentou tocar, costurar, confeitar, já esteve empregada, desempregada, fez um curso técnico muito reconhecido e depois de abandonar o diploma na gavetinha do criado mudo, ela descobriu que este certamente é capaz de programar sistemas muito mais complexos do que ela. Foi a mocinha do correio. E tudo isso era completamente compreensível já que ela nem falava inglês.
Fez orgulhosamente parte da massa universitária, e fez inflar o ego dos pais quando recebeu o canudo, depois de tanto esforço. Ela tentou outras linguas, mas investiu mesmo foi no inglês, foi a teacher, a filha, a neta,a amiga, a namorada, a irmã e agora é a quase tia.
Depois de passar dias e dias acostumando com a gordisse, malhando apenas os dedos, diariamente enviando seu currículo para todas as empresas prováveis e improváveis enquanto saboreava os incríveis pães de mel da mamis, ela cansou.
Ela chegou ao extremo, porque logo ela, que sempre odiou o QUASE, está QUASE sendo taxada como a desempregada.
No almoço de domingo, a prima contou que ainda precisa encomendar os noivinhos do bolo para o casamento. (Caracas, vocês sabiam que os tais noivinhos valem R$
160.00?????)
Horas mais tarde, sentada em frente ao tão adorado carrinho de lanches do Nenê, ela propõe ao namorado:
- Já sei! vamos iniciar uma empresa? NOIVINHOS DE CASAMENTO BRUNANDO Me.
Fechou os olhos e imaginou o slogan na parede do Nenê:
O detalhe do seu casamento em nossas HANDS (uma idéia internacional)
É claro, que ele teve aquela mesma crise de riso que ele tem a cada dia que ela encontra uma idéia mais mirabolante, assim como aquela de anunciar no jornal:
Procura-se emprego:
Professora de inglês
Faxineira que fala inglês
Tradutora de inglês
lavo, passo e cozinho (ps. falo inglês)
Secretária bilíngue
Fotógrafa (com Inglês).
sábado, 19 de setembro de 2009
Salve a AREadaptação!
Bobó de camarão e caipirinha no cardápio é muito mais do que um sinal de que brasileiros estão por perto.
Aquele cheiro de pão de queijo matinal, sorrisos sem censura, e MPB na minha vitrolinha é apenas um detalhe para saber, que agora os meus dias são verdes e amarelos. Portanto:
PARE DE FALAR EM INGLES NOS LUGARES PÚBLICOS, ISSO AQUI É BRASIL, MINHA GENTE!
Ministério das ex-au pairs desempregadas, adverte:
Fase de adaptação é fogo!
1. Se cometer erros, peça desculpa na sua língua nativa e não na primeira que vier a sua mente.
2. Aprenda que você pode cantar alto, mas que os vizinhos ao lado, são literalmente "ao lado" portanto controle o volume.
3. Estar fora não faz com que todas as pessoas se interessem por assunto internacionais, portanto procure algo nacionalmente interessante para falar.
4.A reforma ortográfica aconteceu, mas o famoso "ARE" posicionado em frente a qualquer substantivo, não trata-se de um prefixo ou nenhuma outra reforma gramatical, pois foi uma moda lançada por uma AREnovela global qualquer.
5. Atualize-se sobre as piadinhas do momento, ou sempre que elas surgirem, você será o último a entrar no clima.
6. Enfie na sua cabeça que a moeda voltou a ser o Real, portanto, ela raramente estará em sua carteira e quando isso acontecer, certamente não passará de minutos. Sem contar que ela não compra metade dos luxos que você costumava manter.
7. E definitivamente, aprenda que você deveria começar a procurar um emprego, antes de atualizar o blog, orkut ou qualquer internetISSE do gênero.
Aquele cheiro de pão de queijo matinal, sorrisos sem censura, e MPB na minha vitrolinha é apenas um detalhe para saber, que agora os meus dias são verdes e amarelos. Portanto:
PARE DE FALAR EM INGLES NOS LUGARES PÚBLICOS, ISSO AQUI É BRASIL, MINHA GENTE!
Ministério das ex-au pairs desempregadas, adverte:
Fase de adaptação é fogo!
1. Se cometer erros, peça desculpa na sua língua nativa e não na primeira que vier a sua mente.
2. Aprenda que você pode cantar alto, mas que os vizinhos ao lado, são literalmente "ao lado" portanto controle o volume.
3. Estar fora não faz com que todas as pessoas se interessem por assunto internacionais, portanto procure algo nacionalmente interessante para falar.
4.A reforma ortográfica aconteceu, mas o famoso "ARE" posicionado em frente a qualquer substantivo, não trata-se de um prefixo ou nenhuma outra reforma gramatical, pois foi uma moda lançada por uma AREnovela global qualquer.
5. Atualize-se sobre as piadinhas do momento, ou sempre que elas surgirem, você será o último a entrar no clima.
6. Enfie na sua cabeça que a moeda voltou a ser o Real, portanto, ela raramente estará em sua carteira e quando isso acontecer, certamente não passará de minutos. Sem contar que ela não compra metade dos luxos que você costumava manter.
7. E definitivamente, aprenda que você deveria começar a procurar um emprego, antes de atualizar o blog, orkut ou qualquer internetISSE do gênero.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
E o velho par de asas???? (Finalizando a saga de au pair)
Não que ao andar pelas ruas de Santa Bárbara d’Oeste,eu tenha percebido que elas voltaram a ser grandes o suficiene para mim (mesmo porque, grande, grande, elas nunca foram), mas aquela velha ferida aberta no peito se fechou, e digamos que eu não tinha mais tanto a descobrir em Hickory. Aliás ninguém precisa de mais que uma semana para descobrir Hickory.
Era chegada a hora de juntar os velhos pares de asas e REfazer as malas.
As malas vermelhas, assim como qualquer outra, fora pequenas para acolher todos os pares de asas que acumulei, e a consequência foi colocar a famosa e preconceituosa palavra "escolher" em ação novamente.
Mas dessa vez com uma grande diferença: O que me importa não são mais as asas para as noites de gala, e sim as da sabedoria, aquelas que não precisam ser trocadas a cada estação e ainda que velhas permanecerão úteis eternamente.
sem as asas vermelhas (que tinham o intuito de me fazer sentir sexy), essas foram substituídas pela naturalidade e amadurecimento, e elas, com certeza provocam um efeito muito maior.
E o que fiz com as asas pretas e elegantes que me protegiam do inverno?
Ah, essas eu doei para o Goodwill e para o Yard Sale da Bru e da Mari!
Coloquei todas as asas nas malas, mas não esqueci a função de cada uma.
Foi por conta delas que aprendi, que embora as manhãs cheirem a bacon, os abraços sejam frouxos, os sorrisos amarrados, a saudade quase mate, a ferida abra, os olhos transbordem, a distância maltrate... a melhor maneira de crescer é tentar, que cair é só um motivo para levantar e que para voar, não é preciso ter asas, mas sim, sonhos.
Elas me ensinaram que é possível viver sozinha, mas a vida que é muito mais simples e divertda quando se tem alguém para compartilhar as vitórias, amigos para ajudar a levantar o troféu, família para se orgulhar dele.
E o que farei com o meu par de asas?
Meus voos agora são outros, mas as asas, nunca param de trabalhar!
E no dia de erguer o troféu, quero que todos estes estejam aqui para me ajudar a levantá-lo:
Bru, Mari, Dai, Xerinhos, Carioca, Van, Jose, Male (Saudade que transborda pelos olhos!)
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Ela sobreviverá!
Ela chora todas as noites, e diariamente as 2 da tarde precisa estar online para falar com o namorado. Não entende a cara feia do Joey, as manias do Nik, nem as "bebezisses" do Wolfie. Ela faz a curva com toda a velocidade, não sabe cortar a cebola com a mesma agilidade. E um dia resolveu não descer para trabalhar porque estava com saudade. Ela não sabe faz brigadeiro e perdeu a oportunidade de aprender porque estava com os olhos inchados. Ela descobriu que aquele lance de que maçã não é comida, também era besteira e agora almoça maças todos os dias. E pior.... ela descobriu que não tem comida na despensa.
Hoje perguntou: Hickory é só isso?
Infelizmente eu precisei dizer que sim.
Hoje eu pensei, que ela realmente foi abençoada por encontrar alguém aqui, pronta para ajudá-la.
Me lembro claramente que ninguém estava aqui para me explicar a cara feia do Joey, o caminho da escola, como usar estratégias mirabolantes para conseguir o que precisava, nem porque não existe uma pesença materna nessa casa.
Ninguém me disse que era normal faltar comida na despensa e eu segui na doce ilusão de que isso mudaria cedo ou tarde.
Nada além do Mapquest e Googlemap me ajudou a chegar nos lugares que precisava. Sem contar o número de vezes que trabalhei com um sorriso no rosto e aquela "bola de choro" enroscda na garganta por conta a tal saudade.
Foi tão legal derrubar gasolina no pé da mulher que estava abastecendo na bomba da frente, porque eu não tinha ninguém para me ensinar.
Ah... ninguém disse que seria fácil, e para dizer a verdade a parte difícil foi o que me fez tão mais forte.
Eu sobrevivi, ela sobreviverá!
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
9 Dias
Acordei assim, com o dia do lado avesso, tudo estranho e continuei muito feliz.
Um alarme despertando frenéticamente no quarto ao lado, uma alemã na cama que eu usava chamar de minha, uma gata deitada na minha mala enquanto eu tentava continuar aquele mesmo sonho de entrar naquele mesmo avião que eu tenho entrado todas as noites, a semana inteira. Tudo isso eu assisti daquele colchão inflável, que está sendo ocupado com tanto gosto.
Nos olhos aquela vontade estranha de acordar e viver logo esse dia para esperar o próximo, nos lábios aquelas palavras: NOVE DIAS!
Acordar a molecada, receber um travesseiro de volta na cabeça, fazer o café da manhã e vê-lo esfriar em vão, dirigir naquele trânsito matinal, mistura de trânsito escolar com trânsito assalariado, ouvir alguém blasfemar contra minhas espetaculares técnicas de direção, abrir a janela tranquilamente, deixar aquele cheirinho de manhã entrar pelas janelas daquele cubículo cheio de crianças de dentes a escovar, chamado carro, e gritar:
-APENAS NOVE DIAS!
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Semana do pé quente...
Fato nº1 - Entrar no posto, pagar para abastecer na bomba número 6. Sair pensando na vida, ligar o carro e partir (sem abastecê-lo). Dirigir 10 minutos até descobrir o tamanho da burrada, voltar ao posto, parar na mesma bomba e saber que ninguem esteve por la, e a bomba continua a minha espera.
Fato nº2 - Ir a loja, gostar da saia e da blusa. Encontrar grana no bolso da saia que dá para pagar as duas e ainda receber o troco.
Fato nº2 - Ir a loja, gostar da saia e da blusa. Encontrar grana no bolso da saia que dá para pagar as duas e ainda receber o troco.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Internet, eu te amo!
Ainda tento imaginar como deve ser a vida sem internet e todos os benefícios que ela tem me dado, como se quando eu acreditasse em Papai Noel ela já fosse assim, indispensável.
Penso como pode ter sido possível que as empresas de intercâmbio tenham conseguido seus clientes ha séculos, mesmo sabendo que eles não teriam em suas mãos essa maquininha tão preciosa chamada computador, que hoje é essencial.
Todas as manhãs, quando aperto o botão até que a luzinha fique azul, sinto que este sim tem sido meu maior companheiro. O coração se despedaça quando qualquer problema o impossibilita de se conectar ao meu mundinho, mas quando o contrário acontece, o peito infla e a esperança vem a tona.
Há 11 meses e alguns dias tem sido ele o meu melhor amigo.
Foi assim, entre câmeras e teclado que mamãe me mostrou como é ver o mundo com um olhar novo, me enchendo de alegria e emoção ao saber que essa telinha faria com que ela dividisse comigo mais esse momento.
Foi assim, diante dessa tela que tudo aconteceu.
Minha família resolveu desencalhar, mas foi através de uma janelinha qualquer que eu fui saber que a porcentagem e primos solteiros diminuiria consideravelmente esse ano.
Foi aqui diante dessa tela que meu castelinho desmoronou e se reconstruiu novamente.
Devido a esse brinquedinho, pude saber o quanto perdi e o quanto ganhei por não estar sempre no mesmo lugar.
As pessoas continuaram seus cursos de vida,e não esperaram o próximo dia 5 para dar continuidade a isso.
Algumas partiram sem que tivesse tempo de dar Adeus, mas a internet me deixou saber disso.
Outras noivaram-se.
Amigos brigaram.
Polêmicas aconteceram.
Pessoas se uniram.
Eu continuei sabendo de tudo, mesmo que minutos depois de todos, mas soube.
Foi assim que descobri a mais incrivel sensação de amar um serzinho minúsculo, sem antes vê-lo, e portanto,receber o meu prmeiro:
Parabéns, você será titia!
Os jantares online, os bate papos, os amigos sobreviventes apesar da distância, o amor, os próximos capítulos, os "na cozinha de Hickory com Bru"...rs, o meu 1 ano So far away, nada disso seria possível se não fosse a bendita internet e todas as pessoas que estão no lado brasileiro dessa telinha.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Não foi um final de semana qualquer...
Sexta de Nickelback, sábado de muita música e domingo de Mama Mia.
Finalmente completei o ciclo de tudo o que precisava antes de ir embora:
- Conheci os lugares que gostaria (California, fica para a próxima visitinha)
- Fui a shows
- Estudei muito
- Fui a Dysney
- Passei o reveillon em Miami Beach
- Fiz um cruzeiro no Caribe
- assisti um musical da Brodway
O que isso significa?
Está chegando a hora.
Balanço das melhores gargalhadas do final de semana:
Bru: Que linda essa camiseta da Madonna!
Mari: Não é a Marilyn? Desculpa.
Bru: Posso ir com esse vestido verde?
Oroscão: Pode, você só tem ele mesmo.
Brus: Que horas são?
Mari: Eu não sei ver horas.
Bru: Bru, tem como mudar a cor do vestido no Photoshop?
Bru: Sim.
Oroscão: Adorei a sessão de chocolates!
Mama Mia: rimos muito!
Matrix no centro de Charlotte? Adoro bancar a turista.
Camiseta: Could you be my friend, please?
I hate Hickory!
Final de semana muito bom, que todos os outros sejam assim, para fechar com chave de ouro.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Isso não é coisa de Deus, eu tenho medooooooo
A melhor parte de falar português é usar a lingua materna como ferramenta de diversão.
No dia em que eu, Kelly e Van tomamos tequila até ver o navio girar, resolvemos sentar e frente a balada e discutir os modelitos, cabelos e sapatos. Rimos muito.
Quando e ouço algum comentário que me tira do sério, solto aquele sorriso super "natural" acompanhado de um P@$#&$@, ou qualquer insulto que venha a minha cabeça, e o melhor resultado disso é ver as pessoas te sorrirem de volta. (É, isso não foi coisa de Deus)
Mas tem também o lado bom, sabe quando você tem uma opinião, precisa dividir com sua amiga, não quer que ninguém saiba, e tem que segurar para mais tarde? pois é, essa é a parte boa, falo na lata e ninguém percebe.
Claro que essa ferramenta de diversão não é nada "social", falar portugues entre americanos, é sim uma falta de respeito, mas isso as vezes é uma necessidade, ou como responderia a uma birra insuportável de uma criança? ainda bem que tenho essa vávula de escape, o Português.
E de todas as frases que uso em português, essas são as duas, sem dúvida, são as mais famosas do ano:
- Quando a Betsy toma extase e passa noite na rave, volta para casa de manhã dando uns miados sinistros(Isso não é coisa de Deus)
- Quando eu vejo uma americana dançando(Eu tenho medo)
- Quando a LCC da Dai, me expulsou da casa da au pair(Isso não é coisa de Deus E eu tenho medo)
- Toda sexta feira na hora de cobrar o salário(Eu tenho medo)
- Ver os meninos comendo pizza e tomando leite(Eu tenho medo)
- Ver a host da Jose colocando cloro na piscina enquanto as crianças brincam(Isso não é coisa de Deus)
- Neve em dia letivo (Eu tenho medo)
- Summer vacation (Isso não é coisa de Deus, É COISA DE PROFESSORES)
- Churrasco americano (Eu tenho medo)
- Dolar menu no fast food (Isso não é coisa de Deus)
- Ver a vizinha louca caminhando em direção a nossa porta (Eu tenho medo)
- Vê-la dizer que vai matar a gata (Isso não é coisa de Deus)
- Consultar a conta bancária (Eu tenho medo, mas sempre tive muito antes dos 11 meses)
- Ficar em casa o dia inteiro (Isso não é coisa de Deus)
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
Bendito ziploc!
AlÔ ALÔ Au pairs de plantão, um post informativo e um assunto que ninguém entende melhor que a gente: Malas.
Antes de fechar a mala devemos agradecer ao GOODWILL que aceita todos o nossos trambolhos e ao nosso mísero salário de Au pair, que pelo total de bens adiquirdos, parece salário dígno de ator de Hollywood, não pessoal, não se iludam pensando que nosso salário aumentou consideravelmente...
Esclarecendo a dúvida que deve ter surgido na cabeça de todos os leitores, explico que o motivo de tantas "bens" é culpa da ROSS, essa mesma, a loja de au pairs.
É na Ross que você encontra Calvin Klein por $10, Nike por $12, sem contar as etiquetas que nem marca famosa tem, mas ainda assim são lindas e claro, mais baratas.
Acabo de viver o ano mais consumista da minha vida, ou melhor, nem acabei ainda. Mas como para tudo na vida, temos uma explicação, lá vai:
Voltando em setembro serei mais uma desempregada enfrentando o mercado de trabalho, ou seja, ficarei por tempo indeterminado sem comprar! O único problema é que peguei gosto pela coisa e agora será tão sem graça parar.
Pensei em levar várias coisinhas comigo e isso seria simples, se as minhas roupas já não fossem muitas.
Pra detalhar o nível da encrenca, lá vai:
1 caixa enviada para o Brasil no começo do Ano
1 mala deixada no Brasil na viagem tupiniquim
2 caixas enviadas por um amigo no navio
1 caixa enviada para o Brasil essa semana
1 caixa "em andamento" para o Guigo
E ontem vi no site que a companhia aérea que o valor da pela mala extra é $250.
Então eu descobri que o meu problema não é bem o limite de peso, mas o volume, então deixe-me engolir o choro e começar a raciocinar.
Não é que colocar as roupas no saco de ziploc grande e aspirar o ar com o aspirador de pó fez o volume diminuir? Caracas, au pair precisa mesmo ser uma pessoa criativa!
Se você, caro leitor, precisa de outra dica para diminuir a sua bagagem e consequetemente o tamanho da sua encrenca, coloque uma fita crepe na boca do seu irmão, antes que ele saia fazendo como o meu, dizendo para o mundo que você levará presente a todos. Aliás galera, esse é um meio de dizer que isso tudo não passa demais uma gracinha do traquinas do meu irmão, rá, falei!
Porque eu bem qe poderia ir lá na loja de au pairs e fazer a alegria de todos aqueles que possuem a carteirinha de amigo da Bru, mas isso se a mala extra não fosse $250 e se a caixa que eu enviasse pelo correio custasse menos que $100.
Sem contar que na hora dos pesentes até aqueles amigos desaparecidos desde o jardim de infância aparecem.
Ok, brincadeiras a parte... onde levarei o par de patins? nos pés e carregando 2 malas gigantescas?
NO WAY!
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Oroscão e suas aventuras!
Oroscão é a novata que já está aqui há um tempo, mas só deixará de usar essa legenda quando alguma outra brasileira chegar.
Depois de aventuras que colocavam o seu nível seletivo "down", voltando da balada, fim de noite, maquiagem escorrida, e vestido com forro rasgado, por motivo de força maior Oroscão rendeu-se ao "fucking friend", eu sei que essa definição não é nada legal, mas vocês entenderão porque.
Depois de uma hora conversando, quando questionado sobre o nome dela:
Mark: I have no idea what is her FUCKING NAME!
Oroscão: Heyyyy! My name isn't FUCKING!
Enfim, por incrivel que pareça ela se rendeu ao Mark, e acreditem, foi a primeira vez que apoiei, visto que o nível dela tinha se elevado consideravelmente.
Ele é um pouqinho oversize, braquelo (como a maioria dos americanos),covinhas que ela faz questão e lembrar o tempo todo, ele não digire depois que bebe, parece ser um "bom rapaz" na linguagem da mamães, mas ela é um baita mulherão para ele, isso eu tenho que concordar.
Mark fez Oroscão suspirar muito tempo, passar horas trocando mensagens e tudo seria perfeito,se ele não fosse americano,e aí surge outra dúvida: nunca sabe-se até quando é uma diferença cultural e quando é algo pessoal.
Bem que ele avisou que era devagar, ela só não pensou que fosse tanto.
Foi uma noite inteira, para que no final da noite ela precisasse ROUBAR um selinho, e só no terceiro encontro ele evoluiu para um beijo de verdade.
Já estão no quinto encontros e em nenhum ele saiu sem o tal amigo, o Viagem, a tiracolo. (Onde já se viu uma mãe colocar o nome na criança de TRIP, vai entender) e no final de semana ele disse que não poderia ir ao cinema porque estava cuidando do cachorro que estava doente. É fato que tendo nascido no Brasil, o Mark teria mudado os planos e oferecido um filminho em casa, já que não poderia sair, mas não, Mark nasceu na América do Norte, Oroscão, gente lerda é outra coisa. Bem vinda a terra do Tio Sam, Novata!
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Que culpa eu tenho?
Que culpa eu tenho, se o sol brilha todos os dias na minha janela, mesmo que o mundo desabe em água lá fora? Se mesmo com cabelos de frizz e rosto redondo, eu ainda me divirto com a imagem que o espelho reflete?
Pessoal, avisem o mundo que se ele parar, eu pego o próximo, porque definitivamente, eu não quero descer, e isso significa que não importa o quanto as pessoas tentem, o quanto ele dê loopings, eu tenho o cinto afivelado e a adrenalina ligada a 1.000 km/h, estou segura.
Antes de nascer, Deus me perguntou: Com ou sem emoção?
E aqui estou sendo sacudida pela vida, por tombos e puxões de tapete. Agora me perguntem se me abalei com isso? Pensando bem não mudei mesmo, mas descobri poucas e boas. Descobri que aquele lance de família, não é bem o que eu pensava e aquele lance de caráter, também não.
Você carrega a pessoa no colo, testemunha um sacramento, ama. De que adianta? Nada disso muda a essência de ninguém.
Alguns sentimentos são realmente merecedores daquele outro, a PENA e entre eles, eu coloco a tal da inveja.
Pode fazer a dança da chuva, que o sol continuará iluminando os meus dias, porque ele só brilha para quem vai a luta, quem dorme demais, e vive na sombra alheia não sabe quão boa é a vida.
I'm not a part of a redneck agenda!
Os meninos estão passando essa semana com os avós e hoje eu liguei para saber como eles estão. Porque liguei? Sou besta mesmo.
Pelo telefone, o mais novo me disse que o meu ingles é ruim. Podem ficar tranquilos, isso é a frase mais comum que sai da boca dele em relação ao meu inglês, ele ainda é pequeno, não entende a diferença entre falar inglês e ser americano.
Eu falo inglês, P%##@!
E mesmo fluente, nunca falarei igual a um nativo, inclusive por um motivo que eu me orgulho muito: Eu nasci no Brasil, meu filho!
E como canta o Green Day:
Don't wanna be an American idiot.
Don't wanna a nation that under the new midia
And can you hear the sound of hysteria?
The subliminal mind fuck America.
Welcome to a new kind of tension.
All across the alienation.
Where everything isn't meant to be ok.
Television dreams of tomorrow.
We're not the one to meant to follow.
For that's enough to argue to.
I'm not a part of a redneck agenda.
DON'T WANNA BE AN AMERICAN IDIOT!
quarta-feira, 17 de junho de 2009
O dia em que esperimentei o asfalto americano!
Por diversas vezes eu vi o meu lado "moleque" de ser, brigando com a mulher que existe neste corpo.
Há meses, por exemplo, vivi a dúvida cruel de comprar um par de patins para relembrar o único esporte que obtive sucesso tentando, ou gastar o mesmo valor na Victória Secrets. Ok, aquela vez, a Victória ganhou.
No último final de semana, fui apresentar para a novata, a loja de todas as au pairs, a Ross, tem preços que cabem no nosso bolso e marcas que estampam sorrisos no rosto de qualquer um. No departamento infantil, foi que me apaixonei, lá estava ele, cinza e rosa, rodinhas gel, regulagem de tamanho, conforto e preço baixo, aquele patins tinha sido feito para mim, exceto pelo fato de ser infantil e modelo de Transformers. Enfim, nós compramos o patins e já estreiamos na mesma tarde.
Foi nessa tarde que eu descobri que algumas coisas são muito mais simples quando somos crianças, porém, mais divertidas depois de adultos.
No dia seguinte, comprei os equipamentos de segurança e fui usá-los, literalmente, usá-los.
Depois de 40 minutos patinando, roupa molhada, cara de abacada e cabelo escorrido, percebi que era tempo de parar, e resolvi voltar.
Enquanto atravessava a rua "sem correr", bem tranquila, algo estranho aconteceu, resultando em um desequilibrio espontâneo, e aí fui, como uma batata em direção ao chão, essa cena para mim parecia que durava uma hora, mas como todos sabem, foram apenas alguns segundos. Vi o chão se aproximando do rosto ao mesmo tempo que os patins flutuavam no ar. Levei as mãos para frente para me proteger, mas quando elas começaram a doer, estupidamente tirei elas da frente. Digo estupidamente porque logo depois delas, estava o meu rosto e então, era tarde demais. Lá se foi o queixo, a boca e o nariz experimentar o asfalto americano.
Sentei sem perceber que estava no meio da rua, comecei a tirar os patins quando olhei pra baixo e vi minha camiseta lavada de sangue, meus patins, com algumas manchas e uma goteira que começava no rosto e caia sobre as mãos. Depois de ver o sague e não sentir meu rosto do nariz pra baixo, só tive certeza de uma coisa: Estava fU#@%&!!!!
O vizinho veio correndo, me trouxe aguá, lenço de papel e uma pomada, vi o mundo girar, acho que deu um apagão no céu, porque ficou tudo preto e então eu deitei pra não piorar a situação... minutos depois lá estava eu, voltando com o equipamento de proteção intacto e sem um pedaço do queixo para a minha casa.
O nariz e no rosto só ficaram um pouquinho inchado no primeiro dia e roxo no segundo, mas o queixo, hááá o meu queixo, sinto saudades de quando ele era perfeito.
O lado mulher não deve fazer tanto estrago!
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Era uma vez, eu, a faca, a maionese e o hamburguer...
Ela é um dos motivos que faz com que eu me orgulhe de viver na parte Sul da América, estou falando dela, a diferença cultural, que muitas vezes me deixa em papos de aranhas.
Bem vindo a nova série: Cultural Difference is not a big deal!
Começando...
Claro que vivo entre eles e as vezes posso me equivocar, porque na verdade sempre uso os exemplos da minha host family para falar. Mas, é com eles que eu vivo, nada mais natural. Enfim, se tem uma palavra que eu possa atribuir a eles, depois dessa pesquisa de campo que venho realizando nos último nove meses, essa palavra é: sistemático.
Aqui as coisas precisam que funcionar no pé da letra, ou não é o suficiente. Então vamos à culinária (olha que já estou me saindo uma Palmirinha Onofre nesse assunto...rs)
Eles comem fast food até no café da manhã (depois me responda quando foi que você viu uma parte de café da manhã no menu do MC no Brasil ou quando você foi as 4 da tarde e encontrou uma população de idosos comendo aquela comida saudável e nutritiva?)
Pois é, o dia em que eu fiz Pudim de Leite Condensado, não comeram com a desculpa de que muito açucar não é saudável.
Ok, eu nunca disse que era, mas comer 6 cookies todas as tardes, é saudável desde quando???
Ontem me pediram pra fazer cheeseburguer, lá fui eu, coloquei a carne na grelha, passei maionese nos pães e...
- Paraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Foi assim que o Joey deu o ar da graça. Então fiquei alí, feito uma estátua, com o pão em uma mão, a faca com a maionese na outra, e a sensação de otária estampada no rosto, imaginando mil coisas para descobrir o que havia de errado. Sei lá, talvez deveria ter algum inseto no meu cabelo e ele queria me salvar, ou um atirador de plantão no quintal do vizinho mirando a minha cabeça, ou pior, o meu cheeseburguer, qualquer coisa, a única coisa que nunca imaginaria era o que viria a seguir:
- Bruna, você não sabe fazer cheeseburguer?? Você não pode passar maionese nos pães! Cheeseburguer é assim, pão + hamburguer + queijo + pão, e pronto, nada mais. Não acredito que você passou maionese!
Retomei s respiração, pousei a faca na mesa, porque estava calma, para a sorte dele e então começamos uma discussão muito profunda, eu com o único desejo de saber:
Se eles gostam tanto de maionese, e amam cheeseburguer, porque as duas coisas não podem ir dentro do mesmo pão?
E assim foi, para cada um que pisava na cozinha, eu ouvia:
- Você colocou maionese no cheeseburguer? Não acredito!!
E então todos abriam os pães e começavam a tirar a maionese com aquela cara de nojo, como se eu tivesse colocado geléia de morango no cheeseburguer.
Tem uma cobra no meu quintal!
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Usar os sentidos pra dar sentido a vida...
As vezes bato as minhas asas e viajo à aquele lugar tão meu, o qual me sinto confortável, segura e aquecida, para mim, o meu lugar favorito, para a o resto da humanidade, apenas os BRAÇOS dele. E quando o sol ilumina minha janela o conto de fadas se vai na mesma velocidade que os olhos se abrem.
E volto a ser, fogueira sem chama, verão sem praia, caminho sem chão.
Tudo o que tenho dele são teias na minha mente do último abril e desde então tem faltado vinho na minha taça, dedos entre os meus cabelos, olhos nos meus olhos.
Falta usar os sentidos pra dar sentido a vida, exercitar o tato, olfato, paladar para apreciar o lado forçadamente adormecido.
Daqui o por do sol nem é tão belo quando não tenho os ombros dele para pousar a cabeça, ou peito para aquietar o coração.
Não tenho mais abraço nos meus braços, palavras no meu ouvido, tampouco música nos meus dias.
Saudade?
Essa palavra eu guardei na gaveta, pequena demais para o tamanho dessa dor.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Não vá pela foto, isso não é um blog de culinária, você não encontrará receitas no texto a seguir!
Furacão passando, deixando muitos feridos dentro do mesmo teto, mas todos ainda sobrevivem...
Mas confesso que quase enfartei hoje, os avós dos meninos vieram da Florida para o Crisma do Nik, e a avó veio fazer o jantar aqui em casa.
Ela me disse que faria um tal de "arroz de leite", pela tradução...rs, e eu pensava ser um risoto, até que ela me pede pra ir ao supermercado comprar mais açucar.
Não é que ela fez arroz doce para o jantar? Cada coisa, viu!
A propósito descobri mais essa, Milk Rice é arroz doce, eles comem como prato principal no jantar e os meus meninos gostam.....rs
terça-feira, 2 de junho de 2009
Eu...eu...eu...ah, esquece!
Nervos a flor da pele. Palavras na ponta da língua e coração na boca.
Na próxima vida, quero ser um pesinho de segurar a porta... inabalável!
Uma vez conheci um professor de ingles que quando falava português era gago, mas o inglês fluia naturalmente.
Hoje, para iniciar um conversa daquelas, comecei: I...I...I...I mean... I...I mean... never mind!!
Será que o mesmo pode acontecer do português para o inglês????
Na próxima vida, quero ser um pesinho de segurar a porta... inabalável!
Uma vez conheci um professor de ingles que quando falava português era gago, mas o inglês fluia naturalmente.
Hoje, para iniciar um conversa daquelas, comecei: I...I...I...I mean... I...I mean... never mind!!
Será que o mesmo pode acontecer do português para o inglês????
segunda-feira, 1 de junho de 2009
é demais para o pobre coração...
Quem lê apenas o blog não tem idéia do que tem acontecido... no post anterior expliquei a ausência, que aliás, essa semana mudou de motivo e me deixou ausente inclusive das aulas, o que era o tal motivo antes, tão complicado, tão sórdido.
A semana passada eu usei a frase que tanto odeio: I give up!
Se tem uma coisa que costumo não fazer, é desistir fácil dos meus objetivos, agora imagine o quanto deve ser difícil para um pai, ouvir você dizer que desiste do filho dele, foi por isso que as lágrimas escorreram quando eu disse isso ao Steven.
Se tem uma pessoa que eu tenho admirado muito ultimamente, tem cabelos brancos e não é o papai noel, esse cara é o Steven. Uma das pessoas mais sensatas e de coração mais puro que já conheci. É pai e mãe ao mesmo tempo e na medida certa, tenta segurar todas as barras, por mais difíceis que sejam e ainda assim me apoia em tudo.
Foi por isso que meu coração se despedaçou quando ele me abraçou e disse que sentia muito por tudo, que ele sabe o quanto temos trabalhado para mudar o coração do Joe, mas não poderia mudar a minha cabeça, porque se eu fosse a filha dele, também não gostaria de me ver nessa situação.
Depois de passar o final de semana com os amigos que têm sido a minha família por todo esse tempo, cheguei em casa e recebi o abraço mais sincero e inesperado do Wolfie e em seguida tive uma conversa de bons amigos, como sempre, com o Nik.
Parte da conversa...
Bru: Fui naquele parque, tem caiaque, vocês deveriam ir qualquer dia.
Nik: NÓS temos que ir sim. Você leva a gente nas férias?
Agora sim, meu coração estava cortado em pedaços, colado e recortado novamente. Não queria fazer aquilo, eles nunca imaginavam que a decisão estava tomada, em alguns dias eu partiria. Partiria em três meses, de qualquer maneira, mas eles não imaginavam que meses teriam se transformado em dias e que o motivo não era porque eu tinha que voltar, mas sim porque eu tinha desistido.
Eu não sei o que vai acontecer, aliás, nunca estive tão confusa, mas sinto que alguma coisa deixa aquela bola na garganta que não consigo engolir nem colocar pra fora. Ninguém disse que seria fácil, mas dava pra ser bem mais simples.
Ontem, alguém bateu na porta do quarto e quando eu abri, tudo o que vi foram os dois livros, o motivo do "I give up" e o próximo da coleção, mas dentro dele estava a carta, que desta vez colocou O MEU CORAÇÃO, no triturador de papéis:
Querida Bruna,
(...) Me perdoe por estar sendo mal a você durante todo o tempo que você tem estado conosco. Nunca mais farei isso...
Joey.
Passei o final de semana com os grandes amigos que levarei para a vida toda, semana passada Male e Petra vieram me visitar e trouxeram umas cervejas, hoje levei a Male até a casa da coordenadora, se não encontrar uma família até sábado, ela voltara para o Chile, desejei boa sorte e me despedi. Imaginei a minha despedida, os olhos transbordaram.
Hoje foi ela, amanhã pode ser eu, e quero levar grandes amigos nessa mala.
É prova demais para o pobre coração, é demais.
A semana passada eu usei a frase que tanto odeio: I give up!
Se tem uma coisa que costumo não fazer, é desistir fácil dos meus objetivos, agora imagine o quanto deve ser difícil para um pai, ouvir você dizer que desiste do filho dele, foi por isso que as lágrimas escorreram quando eu disse isso ao Steven.
Se tem uma pessoa que eu tenho admirado muito ultimamente, tem cabelos brancos e não é o papai noel, esse cara é o Steven. Uma das pessoas mais sensatas e de coração mais puro que já conheci. É pai e mãe ao mesmo tempo e na medida certa, tenta segurar todas as barras, por mais difíceis que sejam e ainda assim me apoia em tudo.
Foi por isso que meu coração se despedaçou quando ele me abraçou e disse que sentia muito por tudo, que ele sabe o quanto temos trabalhado para mudar o coração do Joe, mas não poderia mudar a minha cabeça, porque se eu fosse a filha dele, também não gostaria de me ver nessa situação.
Depois de passar o final de semana com os amigos que têm sido a minha família por todo esse tempo, cheguei em casa e recebi o abraço mais sincero e inesperado do Wolfie e em seguida tive uma conversa de bons amigos, como sempre, com o Nik.
Parte da conversa...
Bru: Fui naquele parque, tem caiaque, vocês deveriam ir qualquer dia.
Nik: NÓS temos que ir sim. Você leva a gente nas férias?
Agora sim, meu coração estava cortado em pedaços, colado e recortado novamente. Não queria fazer aquilo, eles nunca imaginavam que a decisão estava tomada, em alguns dias eu partiria. Partiria em três meses, de qualquer maneira, mas eles não imaginavam que meses teriam se transformado em dias e que o motivo não era porque eu tinha que voltar, mas sim porque eu tinha desistido.
Eu não sei o que vai acontecer, aliás, nunca estive tão confusa, mas sinto que alguma coisa deixa aquela bola na garganta que não consigo engolir nem colocar pra fora. Ninguém disse que seria fácil, mas dava pra ser bem mais simples.
Ontem, alguém bateu na porta do quarto e quando eu abri, tudo o que vi foram os dois livros, o motivo do "I give up" e o próximo da coleção, mas dentro dele estava a carta, que desta vez colocou O MEU CORAÇÃO, no triturador de papéis:
Querida Bruna,
(...) Me perdoe por estar sendo mal a você durante todo o tempo que você tem estado conosco. Nunca mais farei isso...
Joey.
Passei o final de semana com os grandes amigos que levarei para a vida toda, semana passada Male e Petra vieram me visitar e trouxeram umas cervejas, hoje levei a Male até a casa da coordenadora, se não encontrar uma família até sábado, ela voltara para o Chile, desejei boa sorte e me despedi. Imaginei a minha despedida, os olhos transbordaram.
Hoje foi ela, amanhã pode ser eu, e quero levar grandes amigos nessa mala.
É prova demais para o pobre coração, é demais.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Estuuuuda menina!
Motivo de ausência.
Ha dias eu não sei mais o que é ficar online no MSN, postar fotos novas virou luxo, mas isso tudo tem uma explicação.
Foi o tempo em que eu me queixava de trabalhar overtime. Porque trabalhando eu esqueço dele, digo, do tempo. E é assim que ele tem corrido.
Deus realmente é um cara legal com quem eu converso todas as noites, as vezes o deixo na mão, mas ele continua quebrando o meu galho.
Estive sempre certa de que tudo o que eu começo tenho a obrigação de terminar, por isso metade sempre foi pouco. Até que um dia, 12 meses virou tempo demais e eu até pensei em desistir. Foi aí que apareceram os cursos que eu tanto queria, aqueles, que pra que eu os fizesse teria que completar os 12 meses. Aí, tomei uma injeção de ânimo e aqui estou eu, rumo ao 9º mês.
Eu fiz as matrículas, e na secretaria, todos me perguntavam com cara de espanto:
- Mas você vai fazer os 5 ao mesmo tempo???
Ah, como se eu não fosse capaz....
Mal sabia eu que não deveria apostar tanto assim na minha capacidade, e agora estou aqui, noites mal dormidas, dias bem trabalhados, paciência por um fio e saudade dos amigos. O melhor de tudo é saber que daqui há um mês terei um mês a menos e pra estudar, só me restará o tão temível TOEFL, isso se eu sobreviver até lá...rs
Síndrome de falsa Angelina Jolie
Os mistérios que envolvem a cabeça do homem é realmente algo que me fascina.
Sempre achei corajosa a idéia de ver aquela mulher na faixa de cinquenta anos, solteira, longe de pertencer a classe média alta, ter se mobilizado, e viajado até a Guatemala, China e Vietnã e enfrentado toda a burocracia para adotar três crianças cujas famílias não tiveram condições de criá-las.
Maior ainda era a minha indignação por saber que em uma nação com excelente qualidade de ensino público, ela, ainda que sem condições, mantém os três filhos matriculados em escolas de rede privada.
Quando alguém perguntou a ela, porque manter as crianças na escola particular, se enfrenta dificuldades financeiras enquanto pode ter acesso a escola pública0 de excelente qualidade?
Atenção, se estiver em pé, sugiro que sente-se:
- Eu não quero que meus filhos estudem com negros!
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Isso não é nada do que você está pensando...
Pode ser que você tenha procurado informações sobre o programa de au pair e por mera coincidência tenha vindo parar nessa página.
Tirando esse inevitável fato de encontrar aqui os textos de alguém que também utiliza desse título no momento, não há nenhuma informação relevante pra você.
Antes de Au pair, sou aquela maluca de pedra que para controlar a boca, libera as palavras, escrevendo.
Isso não é o diário de uma au pair, nem o meu. É um depósito de textos e nada mais.
Mesmo porque ninguém É au pair, eu por exemplo, ESTOU au pair esse ano.
Comprovando que não SOU, mas sim, ESTOU uma au pair, digo:
Antes de embarcar nessa loucura nunca ousei tentar dar um nó em gravata, nada de treinamento, exercícios práticos, nada.
10 minutos antes da festa, o hostkid chega e diz: Preciso que dê um nó na minha gravata!
Prova de que ESTOU uma au pair muito criativa:
Sentei o garoto na cadeira em frente ao computador e cliquei no link:
http://www.youtube.com/watch?v=A4O3-PQdjLE
5 minutos para fazer o nó na gravata do Nik
5 minutos para fazer o nó na gravata do Joey
3 segundos para o Nik estragar o nó que eu fiz
8 minutos para fazê-los fotografar.
Tirando esse inevitável fato de encontrar aqui os textos de alguém que também utiliza desse título no momento, não há nenhuma informação relevante pra você.
Antes de Au pair, sou aquela maluca de pedra que para controlar a boca, libera as palavras, escrevendo.
Isso não é o diário de uma au pair, nem o meu. É um depósito de textos e nada mais.
Mesmo porque ninguém É au pair, eu por exemplo, ESTOU au pair esse ano.
Comprovando que não SOU, mas sim, ESTOU uma au pair, digo:
Antes de embarcar nessa loucura nunca ousei tentar dar um nó em gravata, nada de treinamento, exercícios práticos, nada.
10 minutos antes da festa, o hostkid chega e diz: Preciso que dê um nó na minha gravata!
Prova de que ESTOU uma au pair muito criativa:
Sentei o garoto na cadeira em frente ao computador e cliquei no link:
http://www.youtube.com/watch?v=A4O3-PQdjLE
5 minutos para fazer o nó na gravata do Nik
5 minutos para fazer o nó na gravata do Joey
3 segundos para o Nik estragar o nó que eu fiz
8 minutos para fazê-los fotografar.
terça-feira, 12 de maio de 2009
Odeio despedidas.
Eu que pensei que passaria por apenas uma despedida, já passei por duas e começo a participar de outras.
No caminho da escola me apeguei a uma garotinha que falava sozinha e percebi que eu não fui a única a fazer isso na infância, aliás adoraria ver um adulto fazendo o mesmo para ter a certeza de que continuo não sendo a única.
Ouvia as lamentações do banco de trás sobre a quantia de dinheiro para o lanche, e nem me dei conta de que não encontraria mais a Isa enquanto esperava aquele semáforo abrir. A encontrei e só então percebi: Hoje é o nosso último encontro nesse semáforo.
Abaixamos o vidro, jogamos beijo, desejei boa viagem e o semáforo abriu.
Fiz um CD com todas as fotos que tinha, escrevi um cartão. No bolo estava escrito: Good Luck!
Hoje a Isa se foi, fez as malas, se despediu. O-D-E-I-O despedidas.
Eu fui a última a chegar, Sabe o que isso significa?
Serei a última a partir, logo, estarei em todas as festas de despedidas.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Tipo de amigos
Sem provomer a qualidade da amizade que ofereço as pessoas que cruzam o meu caminho, sem pretenção de alcançar a pessoa certa, apenas com o desejo de dizer o que penso, de maneira imparcial, sem ousar acertar ou errar, apenas falar.
Tenho muitos amigos, alguns meio distantes, outros, presentes a sua maneira, outros completamente extintos, que ressurgem das cinzas e conseguem me estampar um sorriso ou aqueles que estão sempre por perto. Alguns são grandes amigos, tenho outros que considero os melhores e outros são apenas amigos.
Custei a entender, mas de um tempo para cá tive que admitir que existe uma nova classificação, os Amigos de Ocasião. Foi difícil, foi contra meus princípios, mas é fato: eles existem.
Comecei a perceber que em situações atípicas me aproximei de pessoas que jamais me aproximaria em outra ocasião. Essas pessoas, podem me fazer companhia, me fazer rir, me fazer favores, mas são amigos de ocasião.
É claro que para perceber isso eu precisei quebrar a cara, aliás soube por um deles, que tentando encontrar palavras para explicar o que é um amigo de ocasião, deixou claro que que nossa amizade fazia parte dessa categoria.
Foi difícil aceitar, engolir e me adaptar a isso, mas entre as melhores coisas que tenho aprendido, é que alguns amigos de ocasião, que entraram em minha vida por determinado motivo deixaram essa qualificação e passaram a ser amigos do peito, aqueles que estarão comigo para sempre em minha memória e no meu desejo de reencontrá-los, e outros serão apenas mais um Amigo de Ocasião, para sempre.
Talvez eu deveria corrigir e colocá-los na minha lista de "pessoas conhecidas", mas eles me foram úteis, mais do que simples conhecidos. Triste isso, não é?
Acho que estou aprendendo a reconhecer. Algumas pessoas querem amigos só para se divertir, outros só para dar aquela ajudinha na hora que precisam. Não me importo, se eles se contentam com isso, quem sou eu para reclamar.
Eu tenho Amigos de Ocasião, que poderiam ser muito mais, mas eles se contentam com tão pouco.
Sorte dos amigos do peito, esses sim tem de mim tudo o que posso oferecer e ainda o que sobrou dos outros.
Eu agradeço a Deus por ter me dado amigos do peito!
Eu me alimento do amanhã!
Será que viver algumas coisas por antecedência antecipa a velhice? comecei a me preocupar.
Sempre fui assim, vivi o hoje com o pé no amanhã. Tenho a impressão que minha cabeça está sempre a frente, caminhando com os planos e não com a realidade.
Foi assim desde sempre.
Desde o primário até a faculdade, do primeiro ao último emprego.
Hoje não é diferente. Acordo fazendo planos, sonhando e quando olho para o hoje sinto a impressão de que aquilo que era sonho ontem, agora realidade, é pouco demais para mim.
Eu me alimento do amanhã, do que está por vir, mas não sei se isso é bom ou ruim.
Tenho uma sede insaciável de descobrir e superar, as vezes até me atropelo por toda essa pressa, até hoje nunca caí um tombo alto demais por isso, mas também sei que estou sujeita a isso, o problema nem é esse.
Enfim, será que vou envelhecer sem saber???
Sempre fui assim, vivi o hoje com o pé no amanhã. Tenho a impressão que minha cabeça está sempre a frente, caminhando com os planos e não com a realidade.
Foi assim desde sempre.
Desde o primário até a faculdade, do primeiro ao último emprego.
Hoje não é diferente. Acordo fazendo planos, sonhando e quando olho para o hoje sinto a impressão de que aquilo que era sonho ontem, agora realidade, é pouco demais para mim.
Eu me alimento do amanhã, do que está por vir, mas não sei se isso é bom ou ruim.
Tenho uma sede insaciável de descobrir e superar, as vezes até me atropelo por toda essa pressa, até hoje nunca caí um tombo alto demais por isso, mas também sei que estou sujeita a isso, o problema nem é esse.
Enfim, será que vou envelhecer sem saber???
quinta-feira, 30 de abril de 2009
O mais seguro é lançar-me ao mar!
É incrível como a sua qualidade de vida influencia em tudo, andei olhando os meus últimos posts, nem fotos me dei o trabalho de colocar...
Hoje liguei para a novata e a convidei para um sorvete, é quinta, poderia ter sido uma tequila, mas desde de que me embebedei no Brasil, prometi que voltaria a ser careta, e tenho sido.
Deveria estar com as malas prontas, mas depois de tantos atropelos com a parada do navio no México, minhas energias foram consumidas para fazê-las. Aliás, o novo destino é Honduras, alguém sabe o que há de bom em Honduras???? Mas ja me contento por continuarmos no roteiro da Jamaica, rumo ao Bob Marley world!
A coisa anda realmente feia pro meu lado, meu bom humor foi colocado em algum saco, amarrado pela boca e atirado ao mar, e o fato deve ter ocorrido na mesma praia em que fizeram isso com a minha paciência, portanto explico com essas palavras a minha falta de criatividade nos posts recentes.
Meus amigos estão partindo, e os que não partem me trocam por qualquer rabo de saia, ou melhor, rabo de bermuda, não é amiga xicana? Completamente compreensível, já que FELIZMENTE, ela prefere bermudas a saias, portanto, se uso saia quanto será que ainda vale a minha amizade? rs...
(Eu me divirto com aquela figura, tenho certeza que depois de ler isso, ela vai me ligar e dizer... ai Bru!)
Me disseram que gente de todos os cantos podem embarcar naquele navio, portanto se alguém espirrar perto de mim, devo me lançar ao mar, será mais seguro do que ficar compartilhando o mesmo ar, ainda que eu não saiba nadar.
... ah, e não digam isso para os hosts da xicana, porque se eles ouvirem, continuarão com a idéia insana de proibí-la de me ver por duas semanas.
Eu quero rematch.
Pensando bem, é melhor esperar.
Indecisa, eu??????
Liguei para a mamis e ela me disse: Você anda brava demais.
Hoje pela webcam, ele me disse que o problema é que eu desisti.
Talvez eu seja o problema.
Cadê o mar??? (Eu sou tão trágica!)
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Eu tenho medo do México!
Passei meses planejando o tão sonhado cruzeiro.
Uma semana antes de embarcar, explode a bomba:
GRIPE SUÍNA!
Nem parecia ser tão grande, até que o cerco começa a se fechar e hoje, três dias antes de partir, a primeira morte causada pela doença foi confirmada pelo governo dos Estados Unidos.
Mensagens de apelo no orkut, e-mails fazendo lavagem cerebral, pedidos apelativos.
- Tudo bem, se o navio passar pelo México eu não vou!!
Uma semana antes de embarcar, explode a bomba:
GRIPE SUÍNA!
Nem parecia ser tão grande, até que o cerco começa a se fechar e hoje, três dias antes de partir, a primeira morte causada pela doença foi confirmada pelo governo dos Estados Unidos.
Mensagens de apelo no orkut, e-mails fazendo lavagem cerebral, pedidos apelativos.
- Tudo bem, se o navio passar pelo México eu não vou!!
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Cansei
Depois de acordar, fazer o café e levar os dois garotos mais velhos pra escola eu me deparo com velha guerra de conseguir tirar o menor da cama e levá-lo até a escola.
Mas hoje foi diferente, sabe o que é? CANSEI.
Quando eu preenchi os documentos e parti, vi nos encartes da empresas, famílias perfeitas, crianças adoráveis e au pairs sorridentes. Mas nem tudo é um conto de fadas.
Wolfie?
Estou me trocando.
ok.
15 min depois.
-Wolfie?
-Estou me trocando.
-Voce pode se apressar e escovar os dentes, por favor?
-okkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
10 min depois
-Wolfie?
E na mesma velocidade em que abri a porta a vi voltar e literalmente "bater na minha cara".
-Eu nunca fiz isso com você Wolfie, te respeito, por que fazer isso comigo?
Silêncio...
Fui corrigir o relógio.
-Não toque nesse relógio, ele não é seu.
Paciência Zero:
-Você não é o meu chefe, garoto. Fique longe, porque isso não diz respeito a você, vá fazer o que já deveria ter feito, porque eu já perdi toda a paciência que tinha.
-Porque você está sempre brava?
-Volte a alguns minutos e veja que nem sempre estou brava, agora te pergunto, porque você adora me ver brava?
Fui para o meu quarto e só saí depois que o garoto estava pronto, porque essa conversa se seguiu, afinal não há nada que eu diga que ele não tenha uma resposta na ponta da língua.
-Meu pai vai ficar bravo com você.
-Meu pai vai te despedir.
-Você não pode me forçar a ir a escola.
-etc...etc
Horário que a aula inicia: 8:35
Chegada na escola: 8:50
Nessas horas eu penso: Porque um ano demora tanto???????
Ainda bem que eu tenho um curso para terminar, ou nada me seguraria tanto.
Hj a noite teremos a reunião mensal de au pairs, aquela que a família regula até comida, está indo embora, completou um ano.
Ninguém poderá faltar a reunião porque hoje ela vai falar a coordenadora tudo aquilo que sempre sonhamos dizer.
Aliás, o que seria de nós se não tivessemos amigos? Porque aquela história que eu lia nos encartes da CC dizendo que a coordenadora era como uma família pra gente, é conversa pra boi dormir.
No natal, a Host Mother da minha amiga ficou bêbada, a coitada teve que terminar a ceia, receber os convidados, cuidar das crianças em plena folga e quando disse pra coordenadora, tudo que ela obteve de resposta foi um: I'm sorry!
Quer saber, cansei!!!
Mas hoje foi diferente, sabe o que é? CANSEI.
Quando eu preenchi os documentos e parti, vi nos encartes da empresas, famílias perfeitas, crianças adoráveis e au pairs sorridentes. Mas nem tudo é um conto de fadas.
Wolfie?
Estou me trocando.
ok.
15 min depois.
-Wolfie?
-Estou me trocando.
-Voce pode se apressar e escovar os dentes, por favor?
-okkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
10 min depois
-Wolfie?
E na mesma velocidade em que abri a porta a vi voltar e literalmente "bater na minha cara".
-Eu nunca fiz isso com você Wolfie, te respeito, por que fazer isso comigo?
Silêncio...
Fui corrigir o relógio.
-Não toque nesse relógio, ele não é seu.
Paciência Zero:
-Você não é o meu chefe, garoto. Fique longe, porque isso não diz respeito a você, vá fazer o que já deveria ter feito, porque eu já perdi toda a paciência que tinha.
-Porque você está sempre brava?
-Volte a alguns minutos e veja que nem sempre estou brava, agora te pergunto, porque você adora me ver brava?
Fui para o meu quarto e só saí depois que o garoto estava pronto, porque essa conversa se seguiu, afinal não há nada que eu diga que ele não tenha uma resposta na ponta da língua.
-Meu pai vai ficar bravo com você.
-Meu pai vai te despedir.
-Você não pode me forçar a ir a escola.
-etc...etc
Horário que a aula inicia: 8:35
Chegada na escola: 8:50
Nessas horas eu penso: Porque um ano demora tanto???????
Ainda bem que eu tenho um curso para terminar, ou nada me seguraria tanto.
Hj a noite teremos a reunião mensal de au pairs, aquela que a família regula até comida, está indo embora, completou um ano.
Ninguém poderá faltar a reunião porque hoje ela vai falar a coordenadora tudo aquilo que sempre sonhamos dizer.
Aliás, o que seria de nós se não tivessemos amigos? Porque aquela história que eu lia nos encartes da CC dizendo que a coordenadora era como uma família pra gente, é conversa pra boi dormir.
No natal, a Host Mother da minha amiga ficou bêbada, a coitada teve que terminar a ceia, receber os convidados, cuidar das crianças em plena folga e quando disse pra coordenadora, tudo que ela obteve de resposta foi um: I'm sorry!
Quer saber, cansei!!!
sexta-feira, 24 de abril de 2009
O fantástico mundo de Bruna:
Todas as segundas é difícil de acordar, e terça, e quarta, e....
Os dias chuvosos são pressentidos pelos fios dos meus cabelos.
A academia foi algo inventado por alguém desempregado que não tinha o que fazer da vida.
Vamos ao post:
Estava eu, voltando da academia toda suada e com o cabelo cheio de frizz em uma úmida segunda-feira quando....
O meu rádio relógio desperta.
PQP! Sonhar com uma segunda-feira dessas em plena sexta, é suicídio!
Eu tenho borboletas no estômago e caraminholas na cabeça :O
As vezes eu fico em dúvida, não sei se o coração é bonzinho ou burro demais...
Ele apanha e sofre, bate também, mas muitas vezes em proporções diferentes e ainda assim prefere essa rotina de porrada regada a carinho do que a paz.
Espero que indivíduo seja fortão dessa vez, que de muito mais carinho do que porrada, mas que revide a altura se necessário.
Enfim, as opiniões se dividem, mas a maioria continua sem entender, aliás, as clínicas terapêuticas agradecem essa dúvida constante, afinal, vivem lotadas por este motivo. Todos em busca da explicação, não exatamente do que ele é, mas sim das reações inexplicáveis que o tal amor provoca.
Aí, me pergunto: Como explicar algo que não tem explicação?
Poderia apresentar-lhe fatos, mas fatos não convencem, a não ser aos próprios protagonistas da história.
Que tal refrescar-lhe a memória, mostrando que toda parte ruim tem a sua parte boa. Confuso isso, não acha?
O branco com o preto, fez do Dalmata, uma beleza engraçada.
Pelo doce da goiabada com o pouco sal do queijo é que Romeu e Julieta fez uma boa combinação.
Se EU gosto de letras e ELE de números, porque não?
Enfim, nem é preciso entender, porque quase sempre nem eu entendo.
Quem já sentiu borboletas no estômago e os pés nas nuvens, sabe bem que o amor, não precisa de explicações.
Posso até ter caraminholas na cabeça, mas e daí, quem se importa?
Eu fui ao Brasil!
Desde de o dia em que cheguei, com uma certa frequência tenho acompanhado o preço de passagens para o Brasil, não que eu planejasse voltar, mas quem sabe um dia poder vistar minha família.
Até que um dia o Steve me disse que eu teria uma semana de folga e até a tal semana, me restavam apenas três.
Depois de pensar em várias opções de não ficar em casa, escolhi, o destino seria o Brasil e eu chegaria lá de supresa.
Depois de tanta correria, comprei o último assento disponível do voo, recebi o documento que permitia a minha saída e retorno, na véspera da partida, e fui.
Ainda a caminho do aeroporto, liguei para minha mãe, e tive a certeza de que ela não desconfiava quando ouvi:
-Você faz tanta falta, queria você aqui comigo.
12 horas entre voos e escalas, mais algumas na estrada até alcançar o primeiro beijo, o primeiro abraço, dos braços que tanto senti saudade.
Desci do carro e corri até o meu quarto, que o tal coelhinho da Páscoa, tinha feito o favor de me roubar.
Bru diz:
-Eu vim encomendar o meu ovo de páscoa!!!!
E depois disso, lágrimas, beijos, abraços, abraços, lágimas, beijos...etc...etc
E foi assim que segui surpreendendo todos os que pude, das mais diversas maneiras:
Nay, pelo telefone: Voce esta muito ocupada ou pode sair no portão da sua casa?
Gui, sentada na cama quando ele abriu a porta: - Poxa Gui, que quarto bagunçado!
Lari, entrega do ovo de páscoa na porta do apto: Feliz Páscoa!
Meire, pelo telefone: ( Bru diz: Oi Pretaaaaa!)
Ro e Gabi: Enquanto pegavam as encomendas, eu apareci na sala.
Tia Zê: (papai diz: Zê va la na sala ver que cesta linda!) Surpresa!
Rê: apareci inesperadamente no corredor - Que saudade!
Tio Pedro e Eliana: Ao descerem do carro: Oi, sim eu sou a Bruna! kkkk (ri muito nessa)
Tami: Fomos ambas surpreendidas, eu não esperava que ela entraria sem avisar e ela não esperava me encontrar lá.
Restante da família, fui surpreendida: Cheguei pensando que ninguém soubesse, mas eu ouvia:
Não sei porque você se foi, quantas saudades eu senti....
Enquanto a fila dos abraços era enorme!!!
Depois de voltar, posso dizer que esses foram os dez dias mais intensos da minha vida!
Não revi todos os amigos, não fiz tudo o que desejava, mas garanto que em sete meses, esses foram os dias mais felizes que tive.
Quando tudo estava acabado, dez dias depois, refiz as malas, mas desta vez de uma maneira muito diferente do que havia feito há sete meses.
Pontos positivos:
*Eu não estou partindo para o inesperado (Nem preciso da fase de adaptação)
*Eu não serei sozinha, porque ja tenho amigos lá, e foi a única coisa que me fez sentir saudade.
*O meu inglês embora fraco, me permite qualquer tipo comunicação
*Carrego uma decisão dentro da minha mala
*Eu tenho uma boa host family
*7 meses passaram rápido.
*Vou voltar a escola
*Vou continuar com minha rotina flexivel
*Ainda tenho mais uma semana de férias.
*Vou voltar a dormir em uma cama king
Pontos negativos:
*Eu não estou partindo para o inesperado (portanto já sei que nem tudo é uma mar de rosas)
* Uma segunda despedida (mais uma vez, partir deixando os rostos que mais amo com lágrimas nos olhos)
*Os meus amigos de sempre, ainda estão aqui.
*A minha verdadeira família é aquela que sempre me acolherá, de braços abertos e muito amor.
*Sair do aconchego do meu lar para aguentar desaforo de adolescente americano??????
*Ainda tenho 5 meses pela frente.
*A chama da saudade volta com força total de uma maneira arrebatadora.
*Vou deixar a gracinha Babi para viver com a preguiçosa da Betsy.
*Vou voltar a dividir o banheiro com os meninos (arg)
*Não ouvirei as vozes que mais amo quando acordar.
*Voltarei a sentir aquela sensação de que embora seja bom e tenha me trazido muitas coisas importantes, este não é o meu lugar!
Hoje eu sei, essa foi a melhor coisa que fiz. Voltar para ponderar o que é mais valioso, para pensar se a resposta à agencia será um SIM ou um NÃO. Rever os valores que estavam perdidos no tempo. Pensar, pensar e pensar para finalmente decidir.
Setembro, eu estou de volta!!!!!
domingo, 5 de abril de 2009
O tal do GPS!
Enquanto a mamãe acredita, que as nossas conversas não passam de detalhes sobre a compra e envio de um GPS...
Faço as malas:
*Album scrapbook
*Saia de Hula-Hula
*Enfeites para a Páscoa
*Presentes
*Encomendas
*Asa de halloween
*Coleção de moedas
*Coleção de chaveiros
*Sapatos
*Roupas, as que ficarão e as que voltarão.
*Máquina
*Sorrisos
*Emoção
E quem carrega a mala????
O tal do GPS!
A balança e a secadora fizeram um pacto!
Depois de sete meses sem ele, posso afirmar: Na época do varal eu era feliz!
Eu chegava de moto, correndo para tomar um banho e ir a faculdade e todo santo dia a mesma cena se repetia. Meu cabelo enroscava-se no varal e eu perdia o pouco de paciência que me restava.
Desde o dia em que descobri a facilidade que a tecnologia nos proporciona, aquela mesma que ausenta a importancia do varal, a tal secadora de roupas, descobri que na época em que eu enroscava o meu cabelo no varal, eu era feliz.
Não sei como isso pode acontecer. A balança fica no banheiro localizado no segundo piso da casa e a secadora fica no porão, mas tenho certeza que um dia elas se encontraram e fizeram um pacto. Deve ter sido a crise econômica que exigiu redução de mão de obra, ou um motivo banal, sei lá, tipo uma noite "girls night out" entre um drinque e outro, mas o fato é que elas decidiram demitir o varal e começaram a guerra contra mim.
Sem mais nem menos, a secadora encolheu as roupas que eu trouxe do Brasil na mesma proporção em que a balança aumentou os números no visor.
Quando eu me tornar a chefe, eu demito as duas e coloco o varal para gerenciar a situação.
Eu preciso de uma equipe competente!
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Férias!
Confesso que não só a minha falta de criatividade, como também a minha rotina, faz com que eu diminua as postagens aqui no blog.
Ultimamente, a burocracia para programar alguns dias de férias, somada a dedicação na escola e no trabalho, tem consumido todos os minutos dos meus dias e por isso tenho me ausentado.
Mas a recompensa dessa dedicação, embora tenha demorado, chegou.
Finalmente comprei a passagem da felicidade!
Férias!!!
Ultimamente, a burocracia para programar alguns dias de férias, somada a dedicação na escola e no trabalho, tem consumido todos os minutos dos meus dias e por isso tenho me ausentado.
Mas a recompensa dessa dedicação, embora tenha demorado, chegou.
Finalmente comprei a passagem da felicidade!
Férias!!!
sábado, 28 de março de 2009
Pronto, falei!
O motivo para iniciar um blog, poderia ser apenas uma maneira barata de promoção pessoal, mas particularmente não passa de uma atividade cotidiana de relembrar minha língua materna.
Tudo bem, opiniões surgirão, tumultuando essa afirmação. Como alguém que passou 22 anos falando português pode esquecê-lo em um ano? Não foi bem isso que eu disse.
É fato que a escrita é o produto da prática e a qualidade do meu produto diminuiu relativamente depois que parei de praticá-la, mas é lamentável deparar-me com frases como essa na minha página de recados do orkut: "Me add no novo perfiu. Abrasso." E para poder comentar esse tipo de coisa, penso: Porque demorei tanto para criar um Blog?
Me diga se uma frase como essa não mereceria um post a parte? Claro que sim.
Primeiro porque, pela gramática da sentença, logo se vê que a pessoa não é minha amiga, não pela falha, mas porque se fosse, não se empenharia tanto para me tirar do sério.
Preparem-se senhoras e senhores, porque agora lhes apresentarei o motivo de maior vergonha e indignação: a autora da frase recebeu o mesmo diploma de graduação que eu, atenção especial para o título, Letras com habilitação em Português e Inglês. Como alguém com precariedades como esta, aliás, falta de habilidade para um curso que carrega o peso dessa palavra em seu próprio nome, conseguiu tal proeza.
Desculpem-me pela sinceridade, mas o lado bom de ter um blog é fazer uma das coisas que mais gosto, escrever, e o outro lado, é fazer o melhor, escrever exatamente o que penso, sem me importar com a repercussão.
Portanto, que leiam os amigos, que leia a homenageada, porque como prova de que colhemos o que plantamos, considero esse post uma resposta a lamentável cena que meus amigos universitários tiveram o desprazer de presenciar no dia que lhes apresentei um vídeo de homenagem falando de toda a nossa trajetória.
Receio pelo futuro da geração dos meus filhos, geração esta que deparar-se-á com tamanha desqualificação na área educacional, fruto do que já é lamentável na geração atual.
Esse é um dos nomes que irá para a minha listinha de "Se encontrar o nome do(a) professor(a) do seu filho na lista abaixo, por favor mude-o de escola urgente, não contribua com uma geração de ignorantes"
Mas se todos os pais, colocarem o mesmo nome na lista, não precisarão culpar-se pelo desemprego, deve estar sobrando vaga no mercado negro, eles nem exigem muita qualificação profissional, são bem flexíveis. Veja uma amostra do trabalho deles na foto abaixo:
Pronto, falei!
Tudo bem, opiniões surgirão, tumultuando essa afirmação. Como alguém que passou 22 anos falando português pode esquecê-lo em um ano? Não foi bem isso que eu disse.
É fato que a escrita é o produto da prática e a qualidade do meu produto diminuiu relativamente depois que parei de praticá-la, mas é lamentável deparar-me com frases como essa na minha página de recados do orkut: "Me add no novo perfiu. Abrasso." E para poder comentar esse tipo de coisa, penso: Porque demorei tanto para criar um Blog?
Me diga se uma frase como essa não mereceria um post a parte? Claro que sim.
Primeiro porque, pela gramática da sentença, logo se vê que a pessoa não é minha amiga, não pela falha, mas porque se fosse, não se empenharia tanto para me tirar do sério.
Preparem-se senhoras e senhores, porque agora lhes apresentarei o motivo de maior vergonha e indignação: a autora da frase recebeu o mesmo diploma de graduação que eu, atenção especial para o título, Letras com habilitação em Português e Inglês. Como alguém com precariedades como esta, aliás, falta de habilidade para um curso que carrega o peso dessa palavra em seu próprio nome, conseguiu tal proeza.
Desculpem-me pela sinceridade, mas o lado bom de ter um blog é fazer uma das coisas que mais gosto, escrever, e o outro lado, é fazer o melhor, escrever exatamente o que penso, sem me importar com a repercussão.
Portanto, que leiam os amigos, que leia a homenageada, porque como prova de que colhemos o que plantamos, considero esse post uma resposta a lamentável cena que meus amigos universitários tiveram o desprazer de presenciar no dia que lhes apresentei um vídeo de homenagem falando de toda a nossa trajetória.
Receio pelo futuro da geração dos meus filhos, geração esta que deparar-se-á com tamanha desqualificação na área educacional, fruto do que já é lamentável na geração atual.
Esse é um dos nomes que irá para a minha listinha de "Se encontrar o nome do(a) professor(a) do seu filho na lista abaixo, por favor mude-o de escola urgente, não contribua com uma geração de ignorantes"
Mas se todos os pais, colocarem o mesmo nome na lista, não precisarão culpar-se pelo desemprego, deve estar sobrando vaga no mercado negro, eles nem exigem muita qualificação profissional, são bem flexíveis. Veja uma amostra do trabalho deles na foto abaixo:
Pronto, falei!
Amigos e brigadeiro
Tem duas coisas maravilhosas que eu não vivo sem: Amigos e brigadeiro.
Amigos, pessoas queridas que ficaram em um outro continente, mas continuam ocupando aquele espaço gigantesco dentro de mim, alguns presentes diariamente na minha webcam, nas caixas de e-mail, nos recados do orkut, outros menos frequentemente, mas ainda estão por lá. Alguns para me cobrar a resposta do e-mail nunca respondido, outros pra me dar bronca a distância, só falar da saudade, da vida, ou me mandar e-mail engraçados que me fazem rir sozinha ou pra me emocionar com eles.
Uns seguiram caminhos diferentes, mudaram-se, ou apenas, mudaram.
Outros amadureceram e enchem-me o peito de orgulho.
Uns ficaram e terão sua amiga de volta em poucos meses, outros ficarão e nem sabemos se teremos uns aos outros novamente no futuro, mais uma vez ficam os planos, números de telefones e mails tão compartilhados como os sonhos de nos reencontrarmos no futuro, pode ser assim, na mesma terra que nos uniu, na europa ou no Brasil, o importante é que os planos permaneçam e que nossa amizade também.
Amigos e brigadeiro, eu não posso viver sem.
Amigos, pessoas queridas que ficaram em um outro continente, mas continuam ocupando aquele espaço gigantesco dentro de mim, alguns presentes diariamente na minha webcam, nas caixas de e-mail, nos recados do orkut, outros menos frequentemente, mas ainda estão por lá. Alguns para me cobrar a resposta do e-mail nunca respondido, outros pra me dar bronca a distância, só falar da saudade, da vida, ou me mandar e-mail engraçados que me fazem rir sozinha ou pra me emocionar com eles.
Alguns acharam melhor desaparecer, e que assim seja, que fiquemos longe da tela e das conversas. Mas que não nos afastemos da daquela alegria que um dia nos uniu, porque embora não nos falemos mais, permanecem em minha memória e em meu coração.
Uns seguiram caminhos diferentes, mudaram-se, ou apenas, mudaram.
Outros amadureceram e enchem-me o peito de orgulho.
Uns ficaram e terão sua amiga de volta em poucos meses, outros ficarão e nem sabemos se teremos uns aos outros novamente no futuro, mais uma vez ficam os planos, números de telefones e mails tão compartilhados como os sonhos de nos reencontrarmos no futuro, pode ser assim, na mesma terra que nos uniu, na europa ou no Brasil, o importante é que os planos permaneçam e que nossa amizade também.
Amigos e brigadeiro, eu não posso viver sem.
terça-feira, 24 de março de 2009
O starbucks tem o cheiro da felicidade
Com exceção do período que antecede a Páscoa, o Starbucks tem o cheiro da cozinha da minha mãe.
Pode parecer demagogia, mas não consigo mudar essa opinião. Não sei como é possível sentir prazer ao inalar algo que o paladar repele, o tal do café.
A teimosia já tentou mudar o final da sentença anterior, mas definitivamente, o sabor do café não está para as minhas papilas gustativas.
No entanto, existe aquela sensação incomparável de aproveitar cada segundo inalando o aroma matinal que me é tão familiar.
Depois de uma conversa difícil com a minha mãe, o que me proporciona maior prazer é ir ao Starbucks, tomar um chocolate quente, ou ler algo enquanto saboreio qualquer opção do menu que não seja café, não importa, contanto que o lugar seja aquele, que através do aroma me transporta em fração de segundos ao Brasil, no meu lugar preferido, mais precisamente na cozinha da minha mãe.
É o lugar que me ajuda com a palavra saudade, ou atrapalha, ainda tenho dúvidas.
domingo, 22 de março de 2009
A tão sonhada.... CARTA
Depois de quase 7 meses, entrando com as mão lotadas de correspondências, uma cai sobre o meu pé, quando olho... NÃO, NÃO POSSO ACREDITAR, é para mim e não está no envelope timbrado do banco, tudo na vida é possível!
From: Consulate of Mexico (Atenção, eu não disse "Suntrust")
To: Bruna Suracci
Corpo da Carta: Tourist Visa Requirements
1. Bla...blá...blá
2. Blá...blá...blá
3. Proof of income by means of either of the following
a) Letter of employment specifying earnings (Será que eles aceitam uma carta do Steven???)
b) Blá...blá...blá
c) Bank account statement or letter from the bank attesting average monthly deposits of at least $2,000.00 U.S currency
O que?
Não é possível. Ha uma semana atrás quando eu liguei para o consulado, tenho certeza que expliquei o Mexicano que eu era au pair (all poor, sacou?)
Porque será que as pessoas não conseguem associar o título de au pair com o desprivilégio financeiro. Portanto, como vou explicar ao tal mexicano do outro lado da linha que eu não posso depositar mensalmente em minha conta mais que o dobro do que recebo?
Alguém pode me esclarecer porque preciso provar ao tal Mexicano que tenho muita grana, para ir ao México?
Não, não estou falando da Alemanha que teria que transformar o meu dinheiro em euros ou na Inglaterra que o custo de vida é caríssimo e que ambos propiciariam-me uma vida glamourosa, estou falando do MÉXICO, aquele lugar em que um dólar vale 14.85 Pesos e que as pessoas nunca sonharam em viver.
Será que eles não entendem que au pairs sempre optam pelo dolar menu nos fast foods para economizar grana e fazer um cruzeiro? (nessa eu apelei, hein?...rs) e que definitivamente, eu não teria motivos para trocar a minha divertida vida de au pair por uma vida no México? Portanto, não existe risco de imigração.
E porque eles não aceitam que eu seja desprivilegiada financeiramente nessa estadia de au pair, mas que ainda assim, consegui reservar a quantia necessária para desfrutar de uma relaxante semana de férias com uma grande amiga nas águas do Caribe Cayman Islands, Jamaica e Cozumel?
Essa vida de au pair bancando a turista é muito mais burocrática do que eu imaginava.
From: Consulate of Mexico (Atenção, eu não disse "Suntrust")
To: Bruna Suracci
Corpo da Carta: Tourist Visa Requirements
1. Bla...blá...blá
2. Blá...blá...blá
3. Proof of income by means of either of the following
a) Letter of employment specifying earnings (Será que eles aceitam uma carta do Steven???)
b) Blá...blá...blá
c) Bank account statement or letter from the bank attesting average monthly deposits of at least $2,000.00 U.S currency
O que?
Não é possível. Ha uma semana atrás quando eu liguei para o consulado, tenho certeza que expliquei o Mexicano que eu era au pair (all poor, sacou?)
Porque será que as pessoas não conseguem associar o título de au pair com o desprivilégio financeiro. Portanto, como vou explicar ao tal mexicano do outro lado da linha que eu não posso depositar mensalmente em minha conta mais que o dobro do que recebo?
Alguém pode me esclarecer porque preciso provar ao tal Mexicano que tenho muita grana, para ir ao México?
Não, não estou falando da Alemanha que teria que transformar o meu dinheiro em euros ou na Inglaterra que o custo de vida é caríssimo e que ambos propiciariam-me uma vida glamourosa, estou falando do MÉXICO, aquele lugar em que um dólar vale 14.85 Pesos e que as pessoas nunca sonharam em viver.
Será que eles não entendem que au pairs sempre optam pelo dolar menu nos fast foods para economizar grana e fazer um cruzeiro? (nessa eu apelei, hein?...rs) e que definitivamente, eu não teria motivos para trocar a minha divertida vida de au pair por uma vida no México? Portanto, não existe risco de imigração.
E porque eles não aceitam que eu seja desprivilegiada financeiramente nessa estadia de au pair, mas que ainda assim, consegui reservar a quantia necessária para desfrutar de uma relaxante semana de férias com uma grande amiga nas águas do Caribe Cayman Islands, Jamaica e Cozumel?
Essa vida de au pair bancando a turista é muito mais burocrática do que eu imaginava.
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